"Vamos propor a redução de 50% da força de trabalho para a indústria offshore, para que o restante fique em home office; a redução dos horários dos restaurantes; que o shopping siga o decreto do Governo do Estado; que os hotéis limitem o convívio social; além de decretar a suspensão dos ônibus de turismo", enumerou o prefeito, que defendeu na reunião um padrão de ação dos prestadores de serviços e produtos.
"Se conseguirmos uma ação mais linear, é mais exequível. O adequado é não escalonar nenhuma ação agora. Não devemos escalonar o que deve ser feito, deve-se diminuir o convívio social na preservação de um espaço de cuidado que é igual para todo mundo. É uma estratégia para não ficarmos doentes. Diminuir o risco é tudo que se pode fazer. Não podemos esperar acontecer alguma coisa para voltar à primeira página", afirmou.
O prefeito lembrou que cem mil pessoas em Macaé podem estar fora de circulação das ruas se seguiram a orientação do governo municipal de não sair de casa: são os alunos cujas aulas foram suspensas e os cerca de oito mil servidores acima de 60 anos e portadores de doenças autoimunes e oncológicas que não estão trabalhando por precaução ao contágio.
'Acima de tudo, preservar vidas'
A importância da união de toda a rede de serviços de Macaé, que mantém de colaboradores a clientes, foi reforçada por Dr. Aluízio. "Existe uma única porta final, que é a rede hospitalar e, se não cuidarmos, ela vai colapsar. O que precisamos fazer é evitar aglomeração, dissipar o convívio social e preservar leito hospitalar. Não é um cenário minimamente confortável, acima de tudo temos que preservar vidas", conceituou.
O administrador do Shopping Plaza Macaé, Paulo Alexander, assinalou que a ideia é que o shopping funcione em horário reduzido, seguindo padrão de outros empreendimentos que fazem parte da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) ."Vamos seguir aquilo que for determinado para todo o setor. Ainda não tem confirmação, mas a probabilidade é de um horário reduzido já a partir de amanhã (quarta-feira)", citou.
A diretora dos hotéis Royal, Isabel Tunas, destacou que, a partir do decreto, a alta ocupação de turistas vai diminuir, reduzindo a probabilidade de contágio. "A gente tinha expectativa de grande ocupação de turistas, inclusive nos próximos feriados e durante esses 30 dias a suspensão é um dos fatores mais relevantes porque, a partir de agora, a gente passa a trabalhar apenas com contingente de executivos, que têm necessidade de estar na cidade e não quem vem a lazer, o que pode causar contaminação", comentou a diretora, citando que na sua rede, a orientação é o fechamento de todas as áreas de lazer e de convívio para evitar ao máximo o contato entre pessoas.
Já a presidente do Polo Gastronômico Macaé, Mirian Barbosa, mencionou que os bares e restaurantes da associação reduzirão sua área de atendimento em 30% do número de lugares disponíveis para consumo, sendo que este número deverá ser inferior a cem lugares. O horário de funcionamento será reduzido para das 11h30 às 14h30 e das 18h às 23h, entre outras medidas, como a oferta de copos descartáveis e álcool 70%.