Por O Dia
A Prefeitura de Magé encerrou a primeira etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa em 2021. O secretário Municipal de Agricultura Sustentável, André Castilho, informou que a imunização, que durou um mês e meio e terá uma segunda etapa em novembro e o número de propriedades atendidas chegou a 100%. “No ano passado, foi vacinado o rebanho de 62 propriedades. Agora, chegamos às 141 propriedades de todo o município, aplicando a vacina de forma gratuita em 3.962 animais. Os grandes criadores de gado e de búfalos, que são donos de outros 5 mil animais, também receberam nosso auxílio para a aplicação da vacina comprada por eles”, afirmou.
Na cerimônia de encerramento, que aconteceu no sábado (26) no Haras Rodrigues, em Mauá, o diretor de Pecuária da Secretaria Municipal de Agricultura Sustentável, João Fraga, comentou que o último surto de febre aftosa no Estado do Rio ocorreu em 1997 e teve Magé como um dos focos. “De lá para cá, é muito importante que a gente não descuide, pois, um único animal com a doença pode contaminar todo o resto e prejudicar toda a cadeia produtiva”, frisou.
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Representante da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) em Magé, Edison Rodrigues Cruz disse que o Governo do Estado, junto com o Ministério da Agricultura, tem feito de tudo para transformar o território fluminense em uma “zona livre da febre aftosa”. “Estamos buscando um índice vacinal de 90% no estado. Magé está dando exemplo com índices de 99,9%, atingidos com um esforço supremo”, disse.
Proprietários de animais na cidade, os empresários Joel Rodrigues e Carlos Amaral participaram do encerramento. “Além de criar cavalos, também tenho umas cabeças de gado e foi muito importante ter todo o suporte da Prefeitura para imunizar os meus animais”, garantiu Rodrigues. Já Amaral, dono do Haras Cafezal, não tem bois e nem búfalos, mas os seus cavalos foram vacinados contra a raiva. “As campanhas são muito importantes para que os animais de Magé sejam saudáveis. O meu haras fica próximo de uma área com muitos morcegos que transmitem a raiva. Por isso, essa campanha também é primordial”, salientou.
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Curral municipal
Além da preocupação com a febre aftosa e a raiva, o secretário André Castilho disse que pretende livrar os equinos de Magé da anemia infecciosa, um vírus sem cura transmitido através de um mosquito popularmente conhecido como mutuca. “Hoje, temos cerca de 200 cavalos soltos pelas ruas da cidade. Além de representar um perigo para a população, pois os animais podem causar acidentes de trânsito, tem mais essa doença que pode atingi-los”, comentou. Ele pretende criar um Curral Municipal, em área a ser definida, para que esses cavalos e outros animais abandonados possam ser acolhidos. “Vou conversar com o prefeito e levar essa ideia”, revelou.