Na noite desta quinta-feira (29), a primeira-dama Lara Torres, acompanhada da equipe da Secretaria Municipal de Assistência Social, percorreu o Centro de Piabetá para tentar convencer moradores em situação de rua a se abrigarem do frio.Divulgação.

Magé - Frio histórico: A drástica queda de temperaturas tem sido duramente sentida por quem vive na rua por todo o país. O Brasil deve registrar, nos próximos dias, algumas das madrugadas mais frias do ano. Em Magé, a Prefeitura decidiu abrir mais um alojamento para pernoite, que começa a funcionar nesta sexta-feira (30). O espaço ficará na Casa de Passagem da Piedade, no primeiro distrito, e terá capacidade para atender 25 pessoas por noite. O atendimento será o mesmo do Ginásio Poliesportivo Dejair Corrêa, no Parque Alegria, com colchonetes, cobertores, banho quente, jantar e café da manhã. “Antes, só tínhamos o Poliesportivo do Alegria e a novidade é que, agora, vamos contar também com um novo abrigo na Piedade. Queremos deixar um canal aberto com a população para que eles conheçam e saibam que o nosso pernoite está funcionando”, declarou a primeira-dama da cidade, Lara Torres.
Na noite desta quinta-feira (29), a primeira-dama Lara, acompanhada da secretária Municipal de Assistência Social, Flávia Gomes, e de uma equipe do Serviço de Abordagem Social, percorreu o Centro de Piabetá para tentar convencer alguns moradores em situação de rua a se abrigarem do frio no Poliesportivo do Alegria. “Sabemos que as próximas madrugadas poderão ser as mais frias do ano, mas queremos que a população saiba que temos uma rede de apoio muito grande, que, além do pernoite, conta com o Centro POP e a Casa de Passagem”, frisou a secretária.
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Acostumada à abordagem, a coordenadora do Alojamento do Ginásio Dejair Corrêa, Roberta Fialho, conhece bem o dia a dia das cerca de 220 pessoas em situação de rua que vivem em Magé por isso, insistiu para que algumas fossem para o abrigo. “A grande dificuldade que temos é que, mesmo com esse frio todo, algumas pessoas na rua não aceitam ajuda. Muitos nem são daqui do município e isso acaba sendo mais difícil para o convencimento”, disse.
Nascido em Cachoeiro do Itapemirim, no Espírito Santo, Odirlei de Oliveira Mendes, 41 anos, foi um dos primeiros a chegar no abrigo na quinta-feira. Ele contou que já passou muitas noites de frio na rua: “Morei na rua em Petrópolis e lá passei muito frio. É horrível. Não desejo isso nem para os inimigos que eu não tenho”.
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O Poliesportivo do Alegria tem capacidade para alojar até 100 pessoas, mas, nos dias mais cheios, recebeu, até agora, 48 moradores em situação de rua.