Prefeitura de Magé fecha parceria com o Instituto Libertas para participar do "Movimento Rio de Águas Limpas – Unindo Forças pela Vida". Divulgação/Phelipe Santos.

Magé - Diante da importância da água para a sobrevivência e da necessidade urgente de manter esse recurso disponível, no dia 22 de março é anualmente celebrado o Dia Mundial da Água. E com o objetivo de aumentar a discussão da preservação e cuidar desse recurso natural, a Prefeitura de Magé fechou uma parceria com o Instituto Libertas para participar do “Movimento Rio de Águas Limpas – Unindo Forças pela Vida”.

O projeto de sustentabilidade será nas unidades escolares municipais com recolhimento de óleos vegetais pelos alunos, visando conscientizar e estimular a comunidade escolar a agir pela preservação das águas do Rio de Janeiro. As escolas de Magé se tornaram Ecopontos para a recepção dos resíduos, acondicionados em garrafas pet ou recipientes similares de plástico, que também terão destinação correta e sustentável.
“Um litro de óleo contamina 25 mil litros de água. Esse projeto surge do braço ambiental da nossa empresa, que há mais de 6 anos trabalha com a coleta e a transformação do resíduo do óleo vegetal. Agora nasceu o desejo de trazer essa ideia para as escolas. Nós temos um grande problema no Rio de Janeiro de poluição dos nossos rios, então queremos trazer essa consciência para a comunidade escolar para que esse resíduo de óleo não contamine mais as águas de Magé e de todo o estado”, explicou o presidente do Instituto Libertas, Sidney Oliveira.
O pontapé inicial em Magé foi dado na Escola Municipal Hilda Silva Coelho, no Cantinho da Vovó (5º distrito), e contou com a presença da secretária de Educação e Cultura, Sandra Ramaldo. Só na primeira coleta foram 16,5 litros de óleo recolhidos nesta unidade.
“Nós temos o compromisso de levar aos nossos alunos uma reflexão sobre o futuro do nosso planeta. A questão ambiental é necessária ser discutida no nosso cotidiano e a Secretaria de Educação exige esse compromisso com os nossos alunos e com a sociedade geral”, afirmou a secretária.
Projeto Águas da Guanabara
A iniciativa de coleta de resíduos não é a única que Magé está tomando para a preservação das águas. Há 22 anos, a orla mageense banhada pela Baía de Guanabara sofreu com um grande acidente ambiental ocorrido devido a um vazamento num duto da Petrobras que causou um dos maiores derramamentos de óleo na Baía, provocando uma mancha de 40km² com 1,3 milhão de litros de combustível nas águas.
Em janeiro, o prefeito Renato Cozzolino iniciou o projeto “Águas da Guanabara”, realizado em parceria com o Governo do Estado, que está realizando diagnósticos quantitativos e qualitativos dos resíduos sólidos e seus impactos na fauna e flora da Baía de Guanabara. A metodologia principal do projeto é o recolhimento dos resíduos três vezes por semana pela manhã e o encaminhamento do material para ser pesado, mensurado, catalogado e plotado em mapas. Na sequência será realizado o estudo técnico para analisar o impacto no meio ambiente.
“Nós temos uma margem imensa da Baía de Guanabara e milhares de mageenses que trabalham diretamente com a pesca, e esse projeto vai ajudar na despoluição e na limpeza de uma das maiores riquezas de todo o estado. Quem ganha é o povo de Magé, quem ganha é o povo do Rio de Janeiro”, salientou o prefeito durante o lançamento do projeto.