Para o secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca de Maricá, Julio Carolino, o resultado da abertura do canal é sempre muito benéfico para as lagoas. “A quantidade de espécies que vem das águas marinhas é sempre grande e enriquece o sistema, principalmente de camarão e crustáceos. O pescador se beneficia porque conta com mais pescado de espécies variadas”, afirma Julio, citando a tilápia, e tainhota e o parati como espécies mais comuns de se encontrar.
Esta é a terceira vez, desde 2019, que a ligação do mar com o sistema lagunar de Maricá é aberta também para melhorar sua oxigenação, sempre entre os meses de fevereiro e março. Na última segunda-feira (15/2), o oxigênio reduzido em parte das lagoas causou a mortandade de peixes próximo à orla de Jacaroá, de onde foram recolhidas cerca de três toneladas de peixes mortos.
“Um dos objetivos da abertura é justamente evitar essa mortandade pela falta de oxigenação”, explica o secretário de Cidade Sustentável de Maricá, Hélter Ferreira. “A intenção é sempre renovar as águas a partir da lagoa da Barra, que é o pulmão do nosso sistema lagunar. Estamos acompanhando esse trabalho através da observação da tábua da maré. Quando o avanço do espelho d’água for concluído e a água do mar estiver alta, aí poderemos abrir”, esclareceu.
Neste século, houve ainda duas ocasiões em que o canal foi aberto por causa de enchentes na cidade: A primeira em 2010, depois da forte chuva que atingiu toda a região metropolitana do Rio; Depois, uma nova abertura foi feita em 2016 após outra enxurrada cair sobre Maricá e causar inundações em diferentes pontos da cidade.