O programa se dividirá em duas partes, o Sanear + Esgoto, é feita a canalização do esgoto por meio de um sistema que inclui fossa, filtro e sumidouroDivulgação

Maricá - A Prefeitura de Maricá vai levar a Itaocaia Valley, no distrito de Itaipuaçu, o Programa Sanear Comunidades, que canaliza o esgoto e promove abastecimento de água em comunidades carentes. O plano de ação da Companhia de Saneamento de Maricá (Sanemar) para a localidade, previsto para começar em fevereiro, foi apresentado na quarta-feira (26/01) aos moradores. Outras duas regiões do município – Spar e Camburi – já são atendidas pelo projeto pioneiro, lançado em novembro do ano passado, que faz chegar saneamento básico e melhora a qualidade de vida de pessoas em situação de vulnerabilidade.
O programa se divide em duas partes. Numa delas, o Sanear + Esgoto, é feita a canalização do esgoto por meio de um sistema que inclui fossa, filtro e sumidouro. A ação cria uma rede de tratamento dos dejetos e, com isso, evita que sejam lançados in natura em rios, lagoas e na superfície do solo. O resultado imediato é a redução do risco de proliferação de doenças. A outra é o Sanear + Água, em que a Prefeitura fornece caminhões pipa para encher os reservatórios das casas e combater a falta d’água onde o problema costuma ser mais crítico.
“Após a canalização da rede de esgoto, iremos construir uma Estação de Tratamento compacta na região”, informou Gleudes Praxedes, diretor de Obras Diretas da Conemar. Horácio Figueiredo, diretor de projetos da área socioambiental, explicou como será o cronograma das ações. “Estamos finalizando parte do projeto na comunidade do Spar, e a previsão é que a nossa equipe entre em Itaocaia já em fevereiro”, afirmou.
Esperança de dias melhores
Durante a apresentação do Sanear Comunidades aos moradores da Rua Peri, em Itaocaia Valley, na Escola Municipal Rita Cartaxo, a reação foi de esperança. Maria Madalena da Silva, de 77 anos, que vive há mais de 30 anos no local, disse que o poço artesiano secou. “Fiquei viúva há 3 anos, e desde então ficou pior. Até tenho reservatório, mas a água está muito cara”, lamentou.
Mônica Saionara Santiago, de 39 anos, que reside há sete anos na área, comemorou a perspectiva de ser atendida pelos caminhões pipa enviados pela Prefeitura: “Moro com meu marido e dois filhos e, nesse calor, não temos condição de comprar água a todo momento”, contou.