Educação de Mesquita é alvo de críticas após fiscalização da Alerj
Falhas no protocolo sanitário e problemas na estrutura física de duas escolas municipais foram encontrados, além do Tribunal de Justiça anular demissões em massa de profissionais da educação
Escola Municipal Presidente Castelo Branco, em mesquita, Baixada Fluminense - Divulgação
Escola Municipal Presidente Castelo Branco, em mesquita, Baixada FluminenseDivulgação
Na última semana, a comissão de educação da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ) e representantes do SEPE estiveram realizando vistorias em escolas municipais deMesquita, na Baixada Fluminense, após denúncias e reivindicações apontadas por educadores do município. Na visita, foram encontradas falhas relacionadas ao seguimento do protocolo sanitário e graves problemas na estrutura física de duas escolas municipais.
O Dia teve acesso a algumas imagens que mostram banheiros de algumas instituições municipais interditados por questões de violação ao protocolo sanitário de retorno às atividades presenciais, assim como rachaduras em algumas paredes e tubulação de gás aparente, violando o que é exigido como correto pela comissão de educação.
Tribunal de justiça anula demissões em massa de profissionais da educação
Atualmente, a Educação em Mesquita atravessa um período conturbado tanto para seus profissionais quanto para a população que necessita de educadores qualificados para prosseguir com o ensino. O Tribunal de Justiça do Estado publicou, recentemente, uma declaração exigindo a recontratação de servidores da educação de Mesquita que, supostamente, teriam sido demitidos pelo Secretário municipal de governança da Prefeitura, Jorge Miranda.
O presidente da comissão de Educação da Alerj, Flavio Serafini, que esteve presente na cidade vistoriando as instituições municipais e averiguado as denúncias realizadas pelos profissionais, parabenizou a luta dos servidores e a conquista no Tribunal de Justiça:
“A luta dos servidores educacionais é justa. Todos os profissionais regularizaram uma situação e, mesmo agindo de boa-fé, foram perseguidos pela prefeitura. Parabenizo o SEPE Mesquita por ter agido de forma correta. Atuamos em diálogo com a prefeitura, depois ao tribunal de justiça e acompanhamos com a procuradoria da Alerj para ajudar a mudar essa situação no município”.
Autoridade envolvida, a vereadora Ana Cris Gêmeas alertou que o prefeito Jorge Miranda, até o momento, não cumpriu a decisão do Tribunal de Justiça que determinou a reintegração de servidores da educação demitidos através de processos administrativos abusivos, já que os servidores já estavam regularizados a pedido da própria Prefeitura.
“Essas injustiças vêm acontecendo em nossa cidade desde o último ano. Eu como vereadora e professora, dentro do que confere a minha função no legislativo, tenho ajudado os professores para que a justiça seja feita e para que eles possam retornar aos seus locais de trabalho. São profissionais sérios que tem uma admiração pela população, e o que vem acontecendo é inadmissível. Agradeço ao desembargador Agostinho Teixeira que, em decisão, garantiu o retorno dos profissionais de forma imediata aos seus locais de trabalho”.
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