O teste de prevenção do HIV pode ser feito gratuitamente no Posto Central, no CentroLeandra Marcô

Nilópolis - Aula de zumba, apresentação de sambistas, músicos e palestra do infectologista Izidoro Hiroki Flumignan vão marcar a cerimônia pelo Dia Internacional de Combate à Aids, celebrado nesta quarta-feira (01/12), na Praça dos Estudantes, no Centro, de Nilópolis. Todos os participantes vão lembrar a importância da prevenção da doença, com o uso de preservativos masculinos e femininos e o tratamento precoce da enfermidade.
O infectologista Izidoro Hiroki Flumignan estará presente no evento na Praça dos Estudantes - Leandra Marcô
O infectologista Izidoro Hiroki Flumignan estará presente no evento na Praça dos EstudantesLeandra Marcô
O médico Izidoro Flumignan afirmou que o teste de prevenção do HIV pode ser feito gratuitamente no Posto Central, na Rua João Pessoa, 1530, Centro. “Com apenas uma gotinha, fazemos um teste rápido de cinco minutos. É só dar uma picada no dedo. Antes de ter um relacionamento, faça o teste para se preparar”, salientou o infectologista, lembrando que há casos de rompimento do preservativo durante a relação sexual ou em uma relação sexual forçada.
Para essas situações, o Posto Central dispõe de um coquetel que pode ser tomado durante 28 dias, o chamado PEPE. Segundo o médico, esse procedimento resolve e impede a entrada do vírus. “Até três dias após o rompimento do preservativo, oferecemos comprimidos que evitam que a doença penetre em você”.
Nos casos em que o parceiro é HIV positivo, a pessoa pode usar o PREPE. “Ao tomar um comprimido por dia, se reduz a possibilidade de contaminação”, salientou ele, mostrando baldes com preservativos masculinos e femininos que decoraram uma das árvores da Praça dos Estudantes, para lembrar da importância da prevenção.
O setor de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) fica no segundo andar do Posto Central. Ele é responsável pelo atendimento e realização de testes rápidos para detecção de HIV, pelo tratamento desta imunodeficiência, sífilis e hepatites B e C. Duas vezes por semana dois médicos infectologistas atendem os pacientes e, em junho, eles receberam nove pessoas que eram soropositivas. O atendimento é feito com todo o sigilo.
Além disso, é feita a busca ativa aos pacientes que começam o tratamento e não retornam. Muitas vezes são os pacientes mais graves que largam o tratamento, os que sabem que têm a doença. “Eles somem, continuam tendo relações e transmitindo a doença”, lamentou Flumignan. Segundo a preventivista Laura Lee, muitos também têm o medo de encontrar pessoas conhecidas no local.
Além do atendimento médico, os pacientes têm acompanhamento psicológico, assistência social, distribuição gratuita de remédios e também orientações de uma farmacêutica quanto ao uso correto das medicações, caso haja dúvidas. O teste rápido para detecção do HIV é realizado também nos postos do Frigorífico, Paiol, Nova Olinda e Juscelino Kubitschek. Em caso positivo, o paciente é encaminhado para o Posto Central.
Dias de consulta
Os médicos dão consultas às segundas e às quintas-feiras, o psicólogo está de plantão às quartas-feiras, a assistente social recepciona os pacientes no mesmo dia, a enfermeira está no setor às quartas e sextas-feiras e a farmacêutica atende às quintas e sextas-feiras. A distribuição de medicamentos prescritos pelo médico é feita diariamente, mediante a apresentação da receita.
Preocupa a equipe o fato de que a faixa etária dos pacientes soropositivos está diminuindo. “Temos jovens de 20, 18 e até 16 anos”, ressaltou a farmacêutica Patrícia Eunice Conceição, servidora do município. Também integram o grupo a técnica de enfermagem Viviane Bezerra, as preventivistas Laura Lee e Geni Siqueira e a infectologista Lilha Jurema da Mata.
Laura Lee e Geni Siqueira transformam potes de doces em baldes onde colocam preservativos masculinos. Elas penduram esses baldes nos pontos de ônibus e também em halls de entrada de prédios onde há consultórios médicos, como um localizado na Praça Nilo Peçanha, na Avenida Mirandela.
“Deixamos nesses locais porque muitas pessoas têm vergonha de ir aos postos e UPAs pegarem. Todos dispõem de camisinhas masculinas e femininas”, afirmou Laura Lee.