Em três meses, os sócios niteroienses ultrapassaram o patamar de R$ 40 milhões em volume negociado, com histórico médio de até 50% de rentabilidade anual e quase 200 investidores - Divulgação / Fernanda Pimentel
Em três meses, os sócios niteroienses ultrapassaram o patamar de R$ 40 milhões em volume negociado, com histórico médio de até 50% de rentabilidade anual e quase 200 investidoresDivulgação / Fernanda Pimentel
Por Irma Lasmar
NITERÓI - Três niteroienses conseguiram durante a pandemia - que afundou tantos negócios - lograr êxito com sua empresa de apenas três anos de existência. Especializada em cessão de direitos creditórios, a Multiplx nasceu em 2017 de uma espécie de clube de investimentos realizado entre amigos, provenientes do mercado financeiro, advogados e investidores em geral, que perceberam que os precatórios, além de serem amparados pela Constituição Federal e proporcionarem alta rentabilidade e liquidez regulares, eram mais do que isso: um investimento juridicamente seguro. No entanto, o negócio que amadurecia necessitava de uma estrutura e assessoria jurídica eficazes e em tempo integral, pontos imprescindíveis para o investimento. Daí a criação da empresa, que aliou gestão financeira eficiente e lucrativa ao amparo jurídico especializado para este tipo de investimento.
Precatório é uma requisição de pagamento de valores devidos pelo ente público (União, Estado, Prefeitura, suas autarquias e fundações), após decisão judicial definitiva e condenatória, que possibilita à parte vitoriosa da ação judicial receber o crédito da condenação. Essa forma de investimento autoriza o credor ceder, total ou parcialmente, seus créditos em precatórios a terceiros, independentemente da concordância do devedor. Após realizada a cessão, é necessária a comunicação ao tribunal de origem para ciência à entidade devedora e habilitação dos investidores no processo. 
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Os sócios Marcos Paulo Curcio, especialista no mercado financeiro, com mais de 25 anos de atuação em instituições financeiras, Fernanda Rodrigues, com 26 anos de mercado e expertise em Direito Administrativo na área pública, e Leony Matos, engenheiro e responsável pela área financeira, arregaçaram as mangas e colocaram a cessão de direito creditórios no estado do Rio como um investimento que vem fazendo história no mercado financeiro. A Multiplx vem obtendo crescimento exponencial, dobrando de tamanho desde que abriu. E em meio à pandemia e à crise que assolou o mercado de investimentos, a empresa se destacou com mais um feito: obteve um aumento de 400% de suas negociações, nos meses de março, abril e maio de 2020, ultrapassando o patamar de R$ 40 milhões em volume negociado, com histórico médio de até 50% de rentabilidade anual e quase 200 investidores.
De acordo com Marcos Paulo Curcio, o aumento nos precatórios negociados naquele trimestre se deve a dois fatores: “Com a taxa Selic baixa, os investidores buscam formas alternativas de rentabilidade para seus investimentos. E, por outro lado, também houve a necessidade dos beneficiários de precatórios se desfazerem dos mesmos por conta da crise financeira e da necessidade de liquidez”. A cessão dos precatórios e dos direitos creditórios também contribui muito para que o dinheiro circule pela economia, pois ao sair dos bancos para as mãos dos cedentes os mesmos o utilizam para os mais diversos fins, tornando-se uma espécie de instrumento legalizado de distribuição de renda.
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Atualmente, a Multiplx atua no TRF2 e Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, em direitos creditórios e precatórios de verbas federais, estaduais e municipais. "É fundamental para o sucesso na operação e sua consequente rentabilidade que uma empresa sólida, com profissionais do ramo, acompanhe todas as etapas do negócio jurídico e que entenda as melhores oportunidades financeiras, desde a negociação inicial com o cedente até o efetivo recebimento do crédito pelo investidor", diz Curcio.
Ainda para 2020, as expectativas dos sócios para continuar crescendo são altas. Eles acreditam que o mercado seguirá aquecido, pois, com a pandemia, os cedentes tendem a fazer caixa para suprir necessidades básicas de sobrevivência, já que o estado e as prefeituras não conseguem pagar os precatórios em seus anos de orçamentos previstos. “Isso acaba gerando oportunidades para investidores que podem aguardar o recebimento no futuro, obtendo, com isso, um deságio sobre o valor de face, além de rentabilidades de até IPCA+0,5% ao mês em precatórios de orçamentos vencidos”, avalia o empresário.
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