Uma cultura de bullying pode se desenvolver em qualquer contexto em que humanos interajam uns com os outros. Isso inclui a escola, a família, o local de trabalho
Uma cultura de bullying pode se desenvolver em qualquer contexto em que humanos interajam uns com os outros. Isso inclui a escola, a família, o local de trabalhoImagem Divulgação
Por O Dia
Niterói - A literatura pode ajudar e muito na conversa delicada, porém, necessária, sobre o Bullying com os nossos pequenos. E para despertar a importância deste tema, editoras aproveitam a data de 7 de abril - Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola - para falar do papel da literatura neste tema. O livro “E se fosse você”, assinado pela autora Anete Lacerda, da editora Colli Books, aborda este tema de forma leve e didática.
O livro paradidático traz a história de Lili, uma menina feliz que adorava brincar com seus irmãos no belo quintal de casa. Mas quando precisou frequentar a escola, algo muito ruim começou a acontecer: o terrível bullying praticado por alguns colegas. A tristeza tomou conta da menina, até que algumas atitudes foram adotadas.
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Com ilustrações de Fernando Hugo Fernandes, sua leitura serve para qualquer pessoa que se preocupe com o outro e queira um mundo melhor para todos. A personagem Lili pretende, com sua história, ensinar empatia aos pais e familiares, além de ser uma ótima opção de leitura em família.
Anete viveu na própria pele preconceitos por ter sido gordinha na infância, entre outros traumas que a fizeram sofrer. Para a autora, a escola precisa ser parceira da família e acolher as crianças que passam por essa situação. Ela diz que é importante incentivar nos alunos o respeito às diferenças. Por isso, é fundamental abordar esses temas com os pequenos, que muitas vezes são humilhados e sofrem por acreditarem que tem alguma coisa errada com eles.
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“Isso me moveu a escrever sobre gordofobia e racismo, tocando também em outras opressões. Precisamos discutir o bullying e as marcas que ele pode deixar na vida das pessoas, assim como também dar nomes aos preconceitos vividos e conversar sobre eles de forma bem clara para desfazer concepções tóxicas que não são verdadeiras. As crianças são a nossa esperança porque são mais receptivas a um novo olhar exatamente porque geralmente são desprovidas de preconceito. A partir delas, sempre haverá esperança”, conta a escritora.