A ciclovia da Avenida Marquês do Paraná é fundamental para os niteroienses que usam a bicicleta.Divulgação PMN - Foto: Douglas Macedo
A aguardada ciclovia da Avenida Marquês do Paraná cumpri a função que se esperava dela: ser uma via fundamental para os niteroienses que usam a bicicleta para circular entre a Zona Sul, Centro e Zona Norte. Seu papel estratégico ficou claro na contagem do Niterói de Bicicleta, que registrou na ciclovia bidirecional o maior número de bikes entre as ruas monitoradas.
De acordo com a Prefeitura, principal acesso dos ciclistas ao bicicletário da Praça Araribóia e às barcas, a ciclovia da Avenida Amaral Peixoto teve aumento de quase 250% no comparativo com a primeira contagem, em 2015. Na época, eram 73 bicicletas por hora. Em 2021, esse número teve um pico de 256.
Responsável pela Coordenadoria Niterói de Bicicleta, Filipe Simões lembrou que a ampliação da malha cicloviária estimula a população a colocar suas bikes na rua. Com estrutura adequada, o ciclista tende a se sentir mais seguro para se locomover pela cidade. A Marquês do Paraná, por exemplo, não registrou nenhum acidente de trânsito grave envolvendo ciclistas neste ano.
"Produzir dados sobre o uso da bicicleta na cidade é fundamental para o processo de planejamento das ações de incentivo à mobilidade por bicicleta. O apoio do CCO mobilidade da Nittrans, que é um verdadeiro Hub tecnológico de monitoramento, vem sendo fundamental para ampliar a atuação nesse setor", explicou Filipe.
Com as imagens das câmeras de monitoramento do Centro, Ingá, São Lourenço, Fonseca e Piratininga, a equipe da coordenadoria fez a contagem de cada uma das bicicletas que passaram por essas vias ao longo de seis meses. Essa contagem permite também traçar um perfil de quem são essas pessoas pedalando. Os homens ainda são maioria. Mas de 2020 para 2021, o percentual de mulheres na Marquês do Paraná e São Lourenço, por exemplo, foi de 17% para 20% das ciclistas.
Investimentos - Nos últimos anos, a Prefeitura de Niterói triplicou a rede cicloviária da cidade. Já em andamento, o sistema cicloviário da Região Oceânica vai implantar 60 quilômetros. Até 2024, serão 120 quilômetros de ciclovias, ciclofaixas ou ciclorrotas.
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