A advogada de família Barbara Heliodora disse que os casos de término nos quais os casais tenham filhos merecem atenção redobrada.Divulgação - Foto: Thaísa Rocha
Segundo a advogada de família, Barbara Heliodora, não são raros os casos em que vemos casais se separando e travando intermináveis disputas judiciais pela guarda de seus filhos. "Nas piores situações, os casos podem chegar ao extremo. Situações relacionadas à família, tais como casos de divórcio, mexem com os sentimentos mais profundos das pessoas", afirmou Heliodora.
De acordo com ela, os casos de término nos quais os casais tenham filhos merecem atenção redobrada, pois muitas vezes, os genitores não percebem os reflexos negativos que suas próprias atitudes podem causar nos filhos.
“O direito das famílias tem como objetivo desmistificar as leis com relação aos direitos dos cônjuges e dos filhos, mas vai para além disso, pois também tem o intuito de estimular uma maior reflexão por parte daqueles que estão vivenciando um processo judicial envolvendo divórcio e questões familiares”, explicou a advogada.
A recomendação da especialista é ser sempre cordial, equilibrar a razão e a emoção e manter os filhos longe desse tumulto de sentimentos, o que não é uma tarefa tão fácil.
“É imprescindível que os pais não confundam o casal conjugal desfeito com o parental, que continua para sempre. Misturar os papéis implica vivenciar um divórcio de forma melancólica, insegura e instável”, observou a advogada ao afirmar ser fundamental a conversa com as crianças, independentemente da idade, já que elas sentem a necessidade de encontrar um significado para o que vivem.
A advogada enfatizou que a explicação clara do que acontece é importante. "Procure reunir a família assim que algumas decisões já estiverem tomadas. Se a opção do casal for pela guarda compartilhada, ou seja, em que os dois têm as mesmas responsabilidades e decisões sobre a vida do filho, é importante esclarecer como será a nova rotina da criança e se ela, por exemplo, vai ficar durante a semana ou apenas aos finais de semana na casa do pai ou da mãe”, ressaltou Barbara.
“Nesse caso, também funciona incentivar os filhos a praticarem atividades extracurriculares e a estar próximo dos amigos. Caso seja mais complicado para a criança esse afastamento do casal, também vale procurar ajuda psicológica e terapia”, finalizou a advogada.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.