Medalha de ouro na Olimpíada Estadual de Matemática (Omerj) como aluno revelação das escolas municipais do Estado do Rio de Janeiro. Desde os três anos Bruno Ferreira de Souza, de 13 anos, é acompanhado pela equipe multidisciplinar da Pestalozzi de Niterói.Divulgação

O adolescente Bruno Ferreira de Souza, de 13 anos, acaba de ganhar medalha de ouro na Olimpíada Estadual de Matemática (Omerj) como aluno revelação das escolas municipais do Estado do Rio de Janeiro. Desde os três anos ele é acompanhado pela equipe multidisciplinar da Pestalozzi de Niterói. Aluno da Escola Municipal Levi Carneiro, no Sapê (Pendotiba), Bruno também conquistou medalha de bronze na competição geral da Omerj.
Desde quando foi diagnosticado com transtorno do espectro autista, pelo neurologista Márcio Vasconcelos, do Hospital Universitário Antônio Pedro, Bruno é acompanhado há dez anos por psicólogos, fonoaudiólogos e psicopedagogos da Pestalozzi Niterói.
– Bruno receber essas medalhas foi para mim um orgulho só; uma felicidade imensa – disse a mãe Ana Célia. Ela dedica integralmente o seu tempo no desenvolvimento do filho, que hoje, aos 13 anos de idade, frequenta o oitavo ano do ensino fundamental.
Lembra Ana Célia que, quando recebeu o diagnóstico, ouviu o médico dizer que Bruno tinha muito potencial, mas que dependeria bastante dela para estimular a capacidade intelectual do menino. “A partir daí, Bruno participa ativamente de atividades recreativas e educacionais. Ele adora cinema, gosta de passear e de comida japonesa”, diz a mãe orgulhosa, lembrando que diariamente ajuda o filho no dever de casa e o estimula para uma vida normal, assim como faz o pai, que também se chama Bruno.
O menino iniciou seus estudos na Escola Municipal Vera Lúcia Machado. Hoje participa do projeto Nova Geração, da Prefeitura de Niterói. Numa turma de cinco alunos do curso de informática, Bruno foi o único que conseguiu passar de nível na última prova.
– Ele também faz musicalização e criação de jogos. É ótimo em matemática e em história, guarda datas e fatos históricos, embora não complete frases e tenha dificuldades com o português. Aprendeu a ler aos dois anos, quando também começou a digitar palavras no computador. Mas não escrevia. A Pestalozzi foi fundamental para o desenvolvimento dele, valorizando seu interesse pela leitura e aptidão para a matemática – contou a mãe.