O Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio Cultural de Niterói aprovou, por unanimidade, o tombamento material do Quintal dos Pescadores de Itaipu, da Região Oceânica de Niterói, assim como a realização de inventário para o seu reconhecimento e registro como Patrimônio Cultural Imaterial. O Conselho tomou a decisão após atender à solicitação de análise feita pela Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal das Culturas (SMC), a pedido da Câmara Setorial de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural.
A justificativa técnica para a decisão do Conselho foi o reconhecimento do Quintal dos Pescadores como suporte de práticas sociais, culturais e econômicas da pesca artesanal, associadas a este e a outros espaços no Canto de Itaipu caracterizados pelo uso original e tradicional dessa atividade econômica e cultural.
O prefeito de Niterói, Axel Grael, destacou que o tombamento do Quintal dos Pescadores de Itaipu é uma forma de proteger e valorizar a uma das mais tradicionais culturas do mar.
“A pesca é tradicional em Niterói e garante o sustento de muitas famílias há muito tempo. Com o tombamento, o Quintal dos Pescadores de Itaipu continuará a ser um espaço que reúne os saberes e as práticas da comunidade dos pescadores. Trata-se de uma iniciativa que preserva a cultura e o modo de vida dos pescadores, além de memória de uma atividade importante para a cidade”, afirmou Grael.
O Quintal dos Pescadores é um espaço de convívio onde são realizados eventos culturais, projetos sociais e reuniões comunitárias. O secretário municipal das Culturas, Alexandre Santini, disse que o tombamento é uma grande conquista para a preservação da história, memória e identidade cultural de Niterói. Santini ressaltou que o Quintal é um local tradicional, centenário, de ocupação da comunidade envolvida na pesca artesanal de Itaipu.
“O Quintal dos Pescadores é uma referência, um espaço necessário para transmissão de conhecimento, convivência e encontro comunitário. O tombamento é fundamental para a comunidade e para a cultura de Niterói porque abrange o tombamento físico e material, e também a cultura produzida ali e o modo de vida daquela comunidade, que fica resguardado e preservado”, disse Alexandre Santini.
O secretário municipal das Culturas acrescentou que o tombamento é uma vitória de uma concepção de cidade sustentável, humanista, progressista, e que pensa a cultura como um direito.
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