A mostra tem visitação gratuita e segue aberta ao público de terça à domingo, das 10h às 19h, até 16 de outubro.Divulgação
“A ponte é magnânima e representa o Brasil e a engenharia nacional no exterior. Para mim, ela tem vida. É a minha eterna namorada”, diz o engenheiro, que reúne uma série de artigos publicados no exterior sobre a rodovia e colaborou com a pesquisa de conteúdo da mostra.
Montada dentro de dois contêineres marítimos instalados no Horto do Fonseca, a exposição tem entre suas principais atrações uma linha do tempo, que começa em 1763, com a transferência da capital do Brasil de Salvador para o Rio de Janeiro, e segue até 1974, com a inauguração da ponte. “Na linha, a gente vê que, por muito tempo, a proposta era construir um túnel, por baixo do mar, e não uma ponte”, conta a historiadora Nataraj Trinta, uma das pesquisadoras do conteúdo da exposição.
A construção da Ponte representa um marco da engenharia nacional que mudou os hábitos e abriu inúmeras possibilidades para muita gente. “Para a minha família, a construção da ponte foi algo fabuloso. A gente passou a viajar com frequência para uma chácara em Itaboraí. Sem a ponte, que encurtou o tempo de viagem, seria impossível. A via transformou a vida do cidadão do Rio de Janeiro”, disse Rafael Gonçalves, um dos visitantes da exposição.
A inauguração de Conexões contou com a apresentação da Orquestra da Grota, composta por músicos formados na comunidade do bairro de São Francisco, em Niterói. Outra atração da mostra, dois óculos de realidade virtual despertaram o interesse do público com a possibilidade de viver uma experiência interativa, inspirada em uma das maiores curiosidades dos usuários da Ponte Rio-Niterói: um passeio pelo interior da estrutura do vão central, reconhecido como o maior com viga reta contínua do mundo.
A exposição tem o conteúdo dividido em seis núcleos: Ponte Rio-Niterói; Conexões na Modernidade; Conexões na História; Conexões na Paisagem; Conexões no Território e Conexões no Cotidiano. A pesquisa foi realizada nos acervos da Fundação Biblioteca Nacional, do Museu Aeroespacial, do Instituto Moreira Salles, do Historical Service of Navy, da NASA e da Sociedade Fluminense de Fotografia.
“Tem muita história nessas paredes. Por isso, contamos com educadores para acompanhar os visitantes e tornar tudo acessível a pessoas de todas as idades”, destacou Gisele Pennella, coordenadora do Projeto Conexões.
Com caráter educativo, a exposição oferece visita guiada por monitores. O site do projeto (www.projetoconexoes.com.br) contém uma série de ações educativo-culturais. A programação da exposição ainda inclui curso gratuito e online de fotografia, aberto ao público em geral, sob a coordenação de Davilym Dourado, fotógrafo e artista visual.
A mostra tem visitação gratuita e segue aberta ao público de terça à domingo, das 10h às 19h, até 16 de outubro. O Horto do Fonseca fica na Alameda São Boaventura, 770. O Projeto Conexões conta com o patrocínio da Ecoponte, concessionária do Grupo EcoRodovias, uma das maiores companhias de infraestrutura do Brasil, que opera o trecho Rio-Niterói. Realizado pela Lei de Incentivo à Cultura do Governo Federal, é uma produção da Pas de Deux Projetos.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.