Rio - A Polícia Militar está nas ruas para proteger o cidadão. Isso é óbvio. O excesso nos protestos tem que ser investigado. Mas não há explicação para a Polícia Civil, que tem a responsabilidade de investigar crime, ter no estoque material não letal, avaliado em R$ 6 milhões.
Em 30 de janeiro, a Coordenaria de Recursos Especiais (Core) recebeu 6.801 cápsulas de spray de pimenta e 3.900 bombas de gás lacrimogêneo, por exemplo, da Secretaria Extraordinária de Segurança para Grande Eventos, do Ministério da Justiça. Mas, mesmo diante dos protestos dos últimos dias, a Polícia Civil se negou a remeter material à PM, que está com estoque baixo.
Falso pulso forte
O que espanta qualquer um nos bastidores da briga entre as polícias Civil e Militar pelo material não letal é a inércia da Secretaria de Segurança. Ora, as duas instituições estão subordinadas à mesma cúpula de segurança do estado, que tem como maestro o secretário José Mariano Beltrame. De braços cruzados é que não dá para o senhor ficar.
