Rio - A manifestação pela melhoria do transporte público chegou a reunir 4 mil pessoas pelas ruas do município nesta terça-feira. O grupo se dirigiu à Câmara Municipal pela Avenida Amaral Peixoto, que ficou bloqueada pela passagem dos ativistas.
A multidão se dirigiu às Barcas e retornou novamente até a Câmara. Parte do grupo, que já é bem reduzido, permaneceu no local enquanto outro seguiu para as ruas de Icaraí e em direção à Ponte Rio-Niterói.
Cerca de 150 pessoas estão na altura da Rua São Lourenço, um dos acessos para a via. O Batalhão de Choque proibiu a passagem e atirou bombas de gás para dispersar os presentes. Um homem foi detido. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) reforçou a segurança da Ponte, que chegou a ficar fechada por cerca de 20 minutos, incluindo os acesso pelas Avenidas Jansen de Melo e Feliciano Sodré.

O protesto transcorreu de forma pacífica. Uma pequena confusão ocorreu quando cerca de 20 pessoas jogaram bombas nos próprios manifestantes, mas foram contidos por policiais militares, que foram bastante aplaudidos pelos presentes.
Um deles foi preso após ser flagrado com um explosivo de fabricação caseira. Mais de 200 homens acompanharam o movimento.

CPI de ônibus precisa de mais cinco assinaturas
Vereadores do Psol e do PSDB em Niterói protocolaram o pedido de CPI dos transportes públicos em Niterói. O pedido precisa ainda de cinco assinaturas para a Comissão ser instaurada.
O grupo já conta com cinco destes votos, sendo um deles de um parlamentar aliado ao prefeito Rodrigo Neves. O objetivo da CPI é garantir acesso público às planilhas de custo das empresas de ônibus, com as quais será possível saber a margem de lucro dos empresários.
De acordo com Rodrigo Teixeira, 29 anos, organizador do primeiro ato no município, os ativistas são contra o subsídio da Prefeitura para as passagens de ônibus. Eles defendem que o dinheiro deve vir do lucro dos empresários.
O prefeito Rodrigo Neves receberá em seu gabinete nesta quarta-feira líderes e representantes dos movimentos sociais que atuam na cidade, entre eles, sindicalistas, estudantes, grupos diversos e o Movimento Passe Livre.