Rio - O secretario de Assistência Social, Zaqueu Teixeira, negocia neste momento a saída dos manifestantes que ocupam a Rua Aristides Espíndola, no Leblon, onde mora o governador Sérgio Cabral. Cerca de 15 PMs acompanham Teixeira.

O secretário, no entanto, não informou se os presentes terão seu pedido de reunião com Cabral atendido. Teixeira alega que vizinhos estão reclamando e perturbando a ordem e prometeu que após a saída deles, a reunião com Cabral seria agendada.
Os manifestantes informaram que só vão se dispersar caso o encontro aconteça antes. Houve discussão entre alguns presentes e uma moradora inconformada com a presença do grupo. Outros moradores apoiavam a continuade deles no local.
Cabral se reúne com manifestantes
O governador Sérgio Cabral se reuniu, nesta quinta-feira, com cinco representantes do movimento "Somos o Brasil" no Palácio Guanabara, em Laranjeiras, na Zona Sul. Participaram da reunião o secretário Sérgio Côrtes, da Saúde, Wilson Risolia, da Educação, e Wilson Carlos, de Governo, além do subsecretário de gestão de Ensino, Antonio Neto.
Eduardo, o representante do grupo recebido nesta quinta, disse que a pauta a ser entregue ao governador ainda estaria sendo elaborada. O manifestante contou também que o grupo deixou o protesto porque “os objetivos tinham sido alcançados”, sem detalhar como, e por ter divergências com as cerca de 30 pessoas que ainda estão no local.

Segundo ele, seu grupo, intitulado ‘Nós Somos o Brasil’, foi ao encontro para estabelecer “uma ponte entre todos os que têm algo para falar e o governador”.
Um dos organizadores do movimento ‘Ocupa Cabral’, Bruno Cintra, disse que o encontro foi uma “reunião mandrake” porque os jovens recebidos no Guanabara não representavam os acampados. “Eles são infiltrados, dormiram aqui no máximo dois dias. O objetivo deles é nos desmobilizar e nos manipular”, acusou.
Bruno afirmou que o movimento ‘Ocupa Cabral’ não foi chamado para reunião de ontem, mas apenas para o encontro que aconteceria na terça-feira e que foi desmarcado pelos próprios manifestantes por causa da passeata da Rocinha.
“Fomos chamados por representantes do governo na terça para uma reunião no mesmo dia, mas estávamos despreparados. Precisamos fazer uma assembleia. E ainda não temos prazo determinado para sair do Leblon.”
Aprovação de governador cai
O governador Sérgio Cabral despencou 30 pontos em pesquisa de popularidade realizada pelo Datafolha e publicada no jornal "Folha de S.Paulo" desta segunda-feira. No levantamento, finalizado na última de sexta, após seis anos e meio de mandato, Cabral obteve 25% de ótimo e bom, a menor pontuação da série. A soma de ruim e péssimo é maior, 36%.
A pesquisa foi realizada entre os dias 27 e 28 de junho com 1.108 entrevistados em 27 municípios e tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
O governador do Rio atingiu o pico de popularidade na série do Datafolha no Estado do Rio, em novembro de 2010, com 55% de ótimo. Em março de 2007, ao assumir o primeiro mandato, Cabral tinha aprovação de 48% de seu governo, considerado ótimo pelos entrevistados.
A soma de ruim e péssimo chegou a 36% em junho. Em novembro de 2012, o índice era de 12% e em março de 2007, era de 11%.
Colaborou Gabriel Sabóia