Rio - Ao contrário do torcedor brasileiro, que comemorou o título do Brasil no Maracanã, diversos estabelecimentos comerciais, que esperavam faturar com a casa cheia, amargaram calotes e prejuízos em razão das manifestações que ocorreram no entorno do estádio durante a partida.
Nesta segunda-feira, a região amanheceu repleta de marcas do confronto entre manifestantes e a polícia. O prejuízo ficou em R$ 2 mil para o proprietário do posto de gasolina BR, no cruzamento da Avenida Maracanã com a Rua São Francisco Xavier.
“Um deles veio correndo com um cone na mão e arrebentou a bomba”, disse o proprietário José Luiz Afonso, que acompanhou os confrontos pela TV.
No local, barras de ferro que serviam como apoio de placas de trânsito eram vistas no chão, além de cacos de vidro, cápsulas de balas de borracha e pedras portuguesas, retiradas da calçada e utilizadas como armas.
Na Praça Vanhargem, a 500 metros do Maracanã, Ascindino Correa Leal, gerente do restaurante Garota da Tijuca, amargou um calote de R$ 2 mil: “A casa estava cheia, com todas as mesas ocupadas. Mas, quando as bombas foram lançadas, houve desespero e os cliente saíram correndo sem pagar”.
Carlos Alberto Simões, gerente do Buxixo Bar, queria receber grande número de clientes após a partida, já que a casa também tem uma boate: “Somos a favor dos protestos, mas não dá mais para arcar com os prejuízos causados por irresponsáveis que se infiltram nas manifestações. Contando com o calote dos clientes e com a nossa boate que não abriu, reduzimos o lucro em 50%, logo no dia da final.”