Por thiago.antunes

Rio - A presidenta da Associação dos Peritos do Estado do Rio (Aperj), a perita criminalista Denise Rivera, vai pedir uma reunião com o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, e a chefe de Polícia Civil, Martha Rocha, para tratar dos problemas da Polícia Técnico-Científica do estado.

Um deles é a falta de raio-x no Instituto Médico-Legal (IML), que está quebrado há pelo menos um ano, como O DIA mostrou sábado.

Segundo peritos legistas, a falta do equipamento compromete a apuração de mortes por arma de fogo, como aconteceu na Maré há uma semana. “Assumimos a associação mês passado e estamos montando um relatório com todos os problemas enfrentados pelos peritos para apresentar ao secretário e à chefe de polícia. É um absurdo o que está acontecendo no IML. A unidade foi inaugurada recentemente”, criticou Denise.

Falta de equipamento dificultou exames nas vítimas do Complexo da MaréSeverino Silva / Agência O Dia

Além do IML, os institutos Félix Pacheco (IFP), Carlos Éboli (ICCE) e de Pesquisa de Perícia Genética Forense (IPPGF), esse último responsável pelos exames de DNA, têm a missão de produzir as provas técnicas que auxiliam a polícia nas investigações.

“Temos profissionais de qualidade mas nos faltam condições de trabalho. Estamos sediando grandes eventos e não podemos continuar com a perícia como está”, reclamou Denise.

Irregularides

Em 2010, O DIA mostrou os problemas da Polícia Técnico-Científica a partir de um relatório do Tribunal de Contas do Estado. No levantamento, entre outros detalhes, o Tribunal de Contas do Estado constatou que um aparelho de raio-x adquirido era adequado apenas para exames ortopédicos e a maca não encaixava no aparelho.

Ato ecumênico organizado por 26 instituições será realizado nesta terça-feira em homenagem ao sétimo dia das dez vítimas da “Guerra da Maré” na pista lateral da Avenida da Brasil. A concentração acontece às 15h na passarela 9.

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