Rio - Secretaria Municipal de Obras (SMO) avisou que o projeto de recuperação estrutural do viaduto Emilio Baumgart, onde um pedaço de reboco caiu na cabeça de Marlon Jean Sanjurjo Vasconcellos de Matteo, de 18 anos, tem valor estimado em 1,3 milhão. As intervenções de conserto no trecho do incidente terão início imediato. Já a execução de todo o projeto deve durar cinco meses.
O DIA circulou pela região e encontrou problemas nas estruturas de mais quatro viadutos. A prefeitura reconheceu o problema e informou que tem projetos de recuperação dos locais citados.
A reportagem encontrou outros problemas no viaduto Castro Alves, no Largo do Méier, que está com infiltrações, e no Engenheiro Alvarino José, em Maria da Graça, com parte do gradeamento de concreto destruído.
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No viaduto Ana Neri, no Jacaré, há rachaduras e infiltrações e, no de Benfica, um pedregulho que sustenta o início da subida da pista já caiu e outro ameaça desabar de uma altura de 9m. “É um absurdo! Uma hora isso cai nas nossas cabeças!”, reclamou o pedreiro José Roberto Figueiredo, 30.
No Engenheiro Alvarino José da Fonseca, a recuperação está em andamento e tem investimento previsto de R$3,5 milhões. Quanto ao Ana Neri, a SMO disse apenas que faz vistorias rotineiras.
A SMO informou ainda que já elaborou projeto de recuperação estrutural do Viaduto Castro Alves, no valor de R$1,6 milhão. Para Benfica também há projeto, orçado em R$2,3 milhões. Os dois sem data para começar.
Jovem em estado grave
Marlon, que está internado em estado gravíssimo no CTI do Hospital Salgado Filho, no Méier esperava o trem quando o reboco caiu. A peça despencou de uma altura de 20 metros. Marlon está em coma após passar por uma cirurgia no cérebro, que teria sido comprometido em cerca de 75%.
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“É um descaso absurdo com a população. Quando a ambulância da Defesa Civil chegou ao hospital, deixaram a cabeça dele bater no ferro do para-choque, por puro despreparo”, desabafou o pai do rapaz, o empresário João Pedro Vasconcellos de Matteo, 50, que pretende acionar o Estado e a prefeitura na Justiça, além de registrar o caso em delegacia.
O Corpo de Bombeiros informou que vai apurar as circunstâncias do atendimento e que, se for comprovado equívoco, uma sindicância será aberta. As investigações deverão ficar a cargo da 44ª DP (Inhaúma).