Por bianca.lobianco

Rio - O policiamento nas imediações do Hospital Oeste D'Or, na Zona Oeste, continua reforçado. O criminoso mais procurado do Rio, Tôni Ângelo, está internado sob custódia, desde a madrugada de sábado, após ser baleado durante troca de tiros entre o agente penitenciário Anderson Terra dos Santos, filho do também ex-PM e miliciano Júlio César Oliveira dos Santos, o Julinho tiroteio, que está preso. Anderson, que tinha 28 anos, morreu com três tiros. 

Cartaz de procurado do miliciano Toni ÂngeloDivulgação

Segundo o delegado Rivaldo Barbosa, titular da Divisão de Homicídios (DH), as investigações estão em andamento. Uma pessoa que estava com a vítima no momento do crime já foi ouvida. Rivaldo Barbosa aguarda a melhora do criminoso para prestar depoimento. O acusado não corre risco de vida. Nesta segunda-feira, a Secretaria de Segurança pedirá a transferência de Toni para um presídio federal.

“Se por um lado há alívio com a prisão dele (Toni), há a preocupação de como vai ficará a situação, pois as extorsões e ameaças nunca cessaram. A prisão de Toni foi um acaso”, avaliou Iberê César, diretor administrativo da Cooperativa de Vans Rio da Prata, de Bangu, que em junho teve o funcionário Rodrigo César da Conceição, 37, assassinado por não obedecer às ordens da Liga da Justiça.

Em dois episódios ousados em 2008, a Liga da Justiça atacou a 35ª DP e o chefe do bando, o ex-PM Ricardo Teixeira da Cruz, o Batman — hoje na penitenciária federal de segurança máxima de Porto Velho (RO) — fugiu do Complexo de Bangu pela porta da frente. “Estamos assustados, mas somos obrigados a trabalhar. Não há previsão de que ele (Toni) seja transferido ou receba alta”, contou enfermeira que pediu anonimato.

Delação premiada

A polícia desconfia que Toni foi ao local tomar satisfações com Anderson, que estava com um primo, policial do 14º BPM (Bangu). Acompanhado por cinco seguranças armados, o miliciano expulsou o PM do local e ainda lhe deu um tapa na nuca. O policial prestou depoimento no domingo na Delegacia de Homicídios. Há informações de que a arma de Anderson estaria no carro, em frente à boate.

A bala que atingiu Toni está alojada próximo a uma vértebra, mas ele não corre risco de morte. “Ele pode nos ajudar nas investigações. Há expectativa de o Toni entrar na delação premiada”, afirmou o delegado Rivaldo Barbosa, da Divisão de Homicídios.

Suspeito de matar 20

Apontado como braço-direito do ex-PM Ricardo Teixeira da Cruz, o Batman, Toni é suspeito de 20 homicídios na disputa pelo controle de serviços, com os de vans. 

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