Rio - Cerca de 700 manifestantes foram para a frente ao Ministério Público do Rio, nesta quarta-feira, e gritam palavras de ordem como "Investiga o Cabral" e "Denuncia o Cabral". Por medidas de segurança, o MP liberou seus funcionários por volta das 15h. Os manifestantes saíram da Câmara dos Vereadores, na Cinelândia, e seguiram em direção ao MP. Várias ruas foram interditadas ao longo do percurso.
Integrantes do grupo Black Blocs estavam com máscaras do coletivo Anonymous. Um membro do Fórum de Lutas afirmou que os manifestantes "não tem relação com os Black Blocs", mas que todos têm uma bandeira em comum, que é a saída do governador Sérgio Cabral.
Uma carta com várias reivindicações será entregue no MP por 10 pessoas que foram eleitas durante plenária do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) nesta terça-feira. O documento exige a abertura de inquérito policial para investigar os excessos da polícia, uma investigação contra o governador Sérgio Cabral, contra os policiais à paisana infiltrados nos protestos, a quebra de sigilo telefônico de Sérgio Cabral, do prefeito Eduardo Paes e de todos os envolvidos no escândalo da Delta, além da revisão do monopólio dos contratos de concessão de tranportes.
O policiamento foi reforçado em todo o Centro da cidade. Mais de 350 policiais militares acompanharam os protestos.
Ocupa Cabral
No último domingo, mais de 100 pessoas estiveram protestando na Rua Aristídes Espínola, no Leblon, onde mora o governador Sérgio Cabral. Os manifestantes gritaram palavras de ordem sobre os tópicos do protesto e chegaram a dançar quadrilha. A Polícia Militar, com 40 homens identificados por letras e números nos coletes e bonés, acompanhou o ato, que não registrou tumulto.