Por thiago.antunes

Rio - O Ministério Público do Estado do Rio (MPRJ) conseguiu na Justiça a condenação de Antônio Fernando da Silva, acusado de ser o mandante do assassinato do gerente da rede de restaurantes Rei do Bacalhau, José Maurício de Almeida, ocorrido em 2010.

Antônio também é acusado de ser o mandante do assassinato do pai adotivo%2C dono do Rei do BacalhauAgência O Dia

Os promotores de Justiça Marcos Kac e Pedro Simão realizaram a sessão plenária de julgamento no 1º Tribunal do Júri, iniciada na terça-feira (1º/10) e concluída na quarta-feira (2/10). Antônio Fernando e o autor dos disparos, Márcio dos Santos Pereira, o “Cachorrão”, foram condenados a 24 anos de prisão, cada um, por homicídio triplamente qualificado (promessa de recompensa, impossibilidade de defesa da vítima e para assegurar a ocultação de crimes antecedentes).

Em depoimento à Justiça como testemunha, o policial civil Marcos Vinícius Cardoso afirmou que a vítima sabia que Antônio tinha dívidas de mais de R$ 500 mil em sonegação fiscal. Por isso, José Maurício foi morto por queima de arquivo. Antônio também é acusado de ser o mandante do assassinato do pai adotivo, Plácido da Silva Mendes, 75 anos, dono do Rei do Bacalhau da Ilha do Governador, morto em 2008. Ele teria mandado matar o pai para assumir a administração do restaurante e para ficar com R$ 2 milhões do seguro de vida de Plácido.

Para executar o pai, Antônio contratou o pistoleiro Carlos Eduardo Torres Galvão, que passou a extorqui-lo. Em seguida, ele procurou outro assassino, Márcio dos Santos Pereira, que começou uma sequência de mortes a mando de Antônio. Primeiro, Márcio executou o próprio pistoleiro Carlos Eduardo, em 2008. No ano seguinte, executou o pai de santo Róbson Luis Fonseca Ferreira. Em 2010, matou José Maurício de Almeida.

Antônio Fernando era adepto de magia negra e por isso sempre se consultava com Róbson, inclusive lhe confidenciando segredos. Por acreditar que o pai de santo pudesse revelar ter sido ele o mandante do assassinato do pai, resolveu também matá-lo. Ele ainda será julgado pelos outros homicídios.

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