Por thiago.antunes

Rio - Um vídeo divulgado pela Polícia Civil mostra que Carlos Eduardo de Oliveira, o Morcego, acusado de comandar quadrilha de traficantes em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, vivia em uma casa suntuosa em Itaipu, Região Oceânica de Niterói. Nesta terça-feira, os agentes e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público desarticulou a quadrilha de Morcego, formada por 12 pessoas que atuavam na região. Foram apreenidos R$ 3.400 em espécie, munições, celulares, laptops e aparelhos eletrônicos usados nas atividades criminosas.

Morcego é apontado pela polícia como chefe do tráfico na Favela do Dique e no Complexo Vila Ruth. Segundo os agentes, ele usava a casa como esconderijo. Segundo a polícia, a quadrilha contava com um informante na entrada da Vila Ruth, que era dono de uma padaria. André Luís da Silva ainda é acusado de usar o estabelecimento para esconder armas e fornecer fermento aos bandidos, que misturavam o ingrediente às drogas. Na casa de André Luis foram encontrados muitos eletrodomésticos, oriundos de outras ações da quadrilha.

"Em São João de Meriti eles montaram uma verdadeira empresa e expandiram o leque de ações criminosos. O grupo era responsável também por dezenas de roubos a carros e cargas na região", disse o delegado Márcio Mendonça, da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod).

Pelo menos 12 pessoas foram presas em operação da Polícia Civil em São João de MeritiFábio Gonçalves

Robson Luís Ferreira Mesquita, o Binho, preso na Penitenciária Milton Dias Moreira, em Japeri, também teve mandado de prisão expedido pela Justiça. Mesmo preso, ele conversava com outros pessoas da quadrilha e atuava como braço direito de Morcego. Na cela de Binho foram apreendidos papelotes de cocaína, que seriam comercializados por ele no presídio, e telefones celulares.

Ele foi preso em fevereiro durante um sequestro. A esposa de Binho, identificada como Maria José da Silva, a Patroa, assumiu o controle do tráfico na Favela do Dique após a prisão do marido. Ela chegou a ser presa transportando drogas para Minas Gerais, mas ganhou liberdade e voltou a trabalhar para o tráfico. Também participaram da ação agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da 64ª DP (São João de Meriti).

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