Rio - Um vídeo divulgado pela Polícia Civil mostra que Carlos Eduardo de Oliveira, o Morcego, acusado de comandar quadrilha de traficantes em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, vivia em uma casa suntuosa em Itaipu, Região Oceânica de Niterói. Nesta terça-feira, os agentes e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público desarticulou a quadrilha de Morcego, formada por 12 pessoas que atuavam na região. Foram apreenidos R$ 3.400 em espécie, munições, celulares, laptops e aparelhos eletrônicos usados nas atividades criminosas.
Morcego é apontado pela polícia como chefe do tráfico na Favela do Dique e no Complexo Vila Ruth. Segundo os agentes, ele usava a casa como esconderijo. Segundo a polícia, a quadrilha contava com um informante na entrada da Vila Ruth, que era dono de uma padaria. André Luís da Silva ainda é acusado de usar o estabelecimento para esconder armas e fornecer fermento aos bandidos, que misturavam o ingrediente às drogas. Na casa de André Luis foram encontrados muitos eletrodomésticos, oriundos de outras ações da quadrilha.
"Em São João de Meriti eles montaram uma verdadeira empresa e expandiram o leque de ações criminosos. O grupo era responsável também por dezenas de roubos a carros e cargas na região", disse o delegado Márcio Mendonça, da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod).
Robson Luís Ferreira Mesquita, o Binho, preso na Penitenciária Milton Dias Moreira, em Japeri, também teve mandado de prisão expedido pela Justiça. Mesmo preso, ele conversava com outros pessoas da quadrilha e atuava como braço direito de Morcego. Na cela de Binho foram apreendidos papelotes de cocaína, que seriam comercializados por ele no presídio, e telefones celulares.
Ele foi preso em fevereiro durante um sequestro. A esposa de Binho, identificada como Maria José da Silva, a Patroa, assumiu o controle do tráfico na Favela do Dique após a prisão do marido. Ela chegou a ser presa transportando drogas para Minas Gerais, mas ganhou liberdade e voltou a trabalhar para o tráfico. Também participaram da ação agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da 64ª DP (São João de Meriti).