Por thiago.antunes

Rio - Policiais da 4ª DP (Praça da República) prenderam, no começo da noite desta sexta-feira, Eduardo Fauzi Richard Cerquize, acusado de agredir o secretario de Ordem Pública, Alexander Vieira da Costa, na última terça-feira. Eduardo foi capturado na sede da Associação de Guardadores Autônomos São Miguel, localizada na Rua México, no Centro do Rio.

O delegado Luiz Lima, titular da 4ª DP, representou contra a prisão de Eduardo que teve o mandado de prisão expedido pela Justiça. Ele vai responder pelos crimes de lesão corporal, ameaça, desacato, exercício ilegal da profissão e coação no curso do processo. Fauzi chegou a ser encaminhado para a delegacia na terça, mas foi liberado após pagar fiança.

O Ministério Público denunciou e pediu a prisão preventiva Fauzi pelos mesmos crimes, aceito pela 32ª Vara Criminal. O órgão informou que o acusado estava exercendo ilegalmente a atividade econômica no estacionamento rotativo, que não possui sequer alvará de funcionamento. Segundo o MP além de ter praticados sucessivos delitos contra um agente público, Cerquise tem antecedentes por delitos contra a pessoa, o patrimônio e a administração pública, entre outros. 

Secretário Alex Costa é observado pelo seu agressor (de braços cruzados)Severino Silva / Agência O Dia

'Tapa foi pouco', disse acusado

Após o incidente, eles se reencontraram manhã de quarta-feira em outra operação, desta vez realizada na Rua Sacadura Cabral, na Zona Portuária. Eduardo declarou não se arrepender da agressão e contou que estava no local para representar mais de 200 profissionais guardadores de carros e microempresários do ramo.

"Agressão muito maior é tirar o sustento de um cidadão. Um tapa no rosto desse sujeito foi pouco. Esse animal quer entregar o Centro para as grandes corporações. Ele só se aproxima de mim com vários homens em volta", afirmou Fauzi, que está à frente da Associação de Guardadores de Carros da Rua São Miguel.

De acordo com o delegado Alcides Pereira foram "apuradas condutas criminosas na exploração de estacionamento em área pública". Fauzi já coleciona antecedentes criminais por crime contra a ordem econômica, lesão corporal, formação de quadrilha, desobediência, calúnia e difamação, sendo investigado desde de agosto 2011 por formação de quadrilha em inquérito da 5ª DP (Gomes Freire). A origem da investigação foi a denúncia do então subprefeito do Centro, Thiago Barcellos, que incluiu o envolvimento de uma milícia, formada por policiais civis e militares no negócio.

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