Por tiago.frederico

Rio - A Rodoviária Novo Rio, o Detro e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) foram notificados pela Secretaria Municipal de Transportes, nesta sexta-feira, por praticarem overbooking, quando se vende mais que a capacidade. Na noite desta quinta-feira e madrugada desta sexta, o trânsito ficou caótico na região da Zona Portuária.

Rodoviária Novo Rio ficou lotada tanto de passageiros quanto de ônibusOsvaldo Praddo / Agência O Dia

Segundo o secretario municipal de Transportes Carlos Roberto Osório "a venda excessiva de passagens causou um transtorno aos passageiros". O fechamento do trecho da Avenida Rodrigues Alves, entre a Avenida Professor Pereira Reis e Rua Silvino Montenegro, por volta da 0h desta sexta-feira, deu um nó no trânsito na Região Portuária, com reflexos até a Avenida Presidente Vargas, no Centro.

No entanto, mesmo quando o fluxo melhorou, pouco depois de 1h da madrugada, uma fila com dezenas de ônibus de viagem, que tentavam entrar na Rodoviária Novo Rio, tomava pistas da Rua Equador, que faz parte do trajeto alternativo da Via Binário do Porto.

Motoristas reclamavam da lentidão no tráfego. "Eles resolvem fechar a Rodrigues Alves em dia de saída para o feriadão e o que se vê é essa quantidade enorme de ônibus engarrafando a única rota disponível, pois as empresas de viagem aumentaram a frota em função do feriado. Não dá para entender a estratégia", queixou-se o taxista Paulo Ribeiro, 45 anos.

Uma fila imensa de ônibus para acessar a Rodoviária Novo RioOsvaldo Praddo / Agência O Dia


Quem também sofreu foram os turistas, que precisaram aguardar saídas de ônibus com mais de uma hora de atraso, já que muitos coletivos tinham dificuldades para chegar à rodoviária. "Se nós atrasamos dois minutos, perdemos a passagem, mas eles podem nos deixar com crianças, pagando pela desorganização das empresas e da própria rodoviária", reclamou Maria Teresa Silva, 53, que tentava embarcar para Volta Redonda, mas já esperava por 2h30.

Lucas Almeida, 17, enfrentava a mesma demora para seguir para Resende. "Isso é absurdo, será que faltam ônibus?", questionou. Flávia Monteiro, analista de RH de 37 anos, preferiu sentar no chão da rodoviária para esperar o embarque para Guarulhos, em São Paulo. "O meu ônibus já está atrasado há mais de uma hora. Mas como estou indo visitar meu pai e minha mãe, nada tira minha alegria", contou.

Maria Tereza da Silva mostrando o bilhete. Viagem dela atrasouOsvaldo Praddo / Agência O Dia


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