Por bferreira
Rio - O chefe de gabinete do deputado estadual Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB), Justino Alves Lopes da Silva, de 78 anos, assassinado sábado à tarde em Nova Iguaçu, foi morto com um tiro e retirado do carro após baleado. De acordo policiais do 20º BPM (Mesquita), os bandidos levaram o Santana 2003 da vítima, mas deixaram a carteira, R$ 8.351 e dois relógios que estavam com ele. A Polícia Civil não descarta nenhuma possibilidade.
Marcello Alencar%2C na cadeira de rodas%2C conversa com Luiz Paulo Corrêa da RochaMaíra Coelho / Agência O Dia

O crime foi na Estrada da Palhada, no bairro Palhada. Justino, que morava no Leme, foi enterrado ontem às 16h, no Memorial do Carmo, no Caju. Entre os que compareceram ao sepultamento estava o ex-prefeito do Rio e ex-governador do estado Marcello Alencar, com quem Justino trabalhou nos dois mandatos.

Chocados, parentes de Justino não quiseram falar com jornalistas. “O filho dele contou que o tiro atravessou o vidro do carro, acertou o braço e transfixou, saindo pelo outro lado do peito. É uma grande perda. Quando se perde uma pessoa de morte natural, entendemos que é o curso da vida. Mas de uma forma violenta como essa choca mais”, lamentou Luiz Paulo.
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Marcello Alencar contou que era amigo de Justino há 25 anos. “Foi um grande companheiro. Era amigo de todas as horas, um homem corajoso. Não brincava em serviço”, lembrou o ex-governador.
Também amigo de Justino, Maurith José de Moraes, criticou a política de segurança do estado. “O que estão fazendo não existe. É tudo um faz de conta”, disse.
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Ele contou que o amigo tinha temperamento explosivo e não levava desaforo para casa. “Mas era um homem muito bom”, contou Maurith.
Segundo policiais da 56ª DP (Comendador Soare) testemunhas serão chamadas para prestar depoimento, e parentes da vítima serão ouvidos ao longo da semana. Desde sábado, policiais civis e militares fazem buscas no bairro, mas ninguém foi preso e nem o carro não foi achado.
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Uma carreira no serviço público
Justino Alves Lopes da Silva trabalhava no gabinete de Luiz Paulo Corrêa da Rocha há 10 anos. Antes, passou pela prefeitura e pelo governo do estado. “Ainda não temos muitas informações sobre o que aconteceu, mas tudo leva a crer que foi latrocínio (roubo seguido de morte)”, disse o deputado, amigo da vítima há 30 anos.
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Justino Silva foi presidente da CET-Rio em 2002; trabalhou na Rioluz de 1989 a 1992; foi um dos diretores da Cedae de 1995 a 1998 e também atuou na antiga Companhia de Eletricidade do Estado do Rio de Janeiro (Cerj), atualmente Ampla, e na Companhia Estadual de Habitação do Estado do Rio (Cehab).
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