Por bferreira
Rio - Duas pessoas dividindo o banco da frente do carona, veículo com mais passageiros que a capacidade e apenas o motorista com cinto de segurança, trafegando de um lado da pista. Do outro, o asfalto esburacado em obras que se arrastam há meses. O resultado foi a violenta colisão entre uma Brasília e um Corolla, que deixou quatro mortos na madrugada de sábado, na Avenida Leonel Brizola (antiga Presidente Kennedy), em Duque de Caxias.
Joaquim Nunes, pai de Vinícius, vestiu camisa com fotos dos dois amigosAlexandre Vieira / Agência O Dia

Entre as vítimas fatais, estavam o operador de máquina Vinícius Winderson Souza, de 24 anos, e o eletricista Yago Santos Carvalho, 20, que ocupavam a Brasília. Os corpos foram sepultados ontem de manhã no Cemitério de Irajá.

O comerciante Dario de Oliveira Macedo, 28, que dirigia o Corolla e levava mais seis, foi enterrado no Cemitério de Inhaúma. A outra vítima fatal, identificada apenas como Patrícia, foi sepultada no Cemitério Nossa Senhora das Graças.
Publicidade
“As pessoas não costumam usar cinto por lá e há motoqueiros sem capacete. A pista é esburacada e não há iluminação”, disse o mecânico Ricardo Pereira do Nascimento, 29, n o enterro do amigo Dario.
As duas mulheres que estavam no banco do carona do Corolla foram arremessadas fora do carro. Uma morreu. Outros cinco feridos foram levados ao Hospital de Saracuruna, e quatro permaneciam internados até ontem à tarde, com traumas de coluna e tórax.
Publicidade
O acidente foi por volta de 2h, quando Vinícius, o motorista da Brasília, teria perdido o controle ao passar em desnível, invadindo a outra pista e capotando sobre o Corolla.
Pai lamenta obra malfeita
Publicidade
Pai de Vinícius Winderson, que estudava Engenharia Civil e comemorava o fim do ano na faculdade na noite do acidente, Joaquim Nunes da Silva Filho desabafou, após chorar muito no enterro: “O meu filho era um garoto cheio de sonhos, que teve a vida destruída por causa de uma obra malfeita”.
Publicidade