Por thiago.antunes

Rio - Muitas são as diferenças na infraestrutura urbana do subúrbio e da orla carioca. Na área de transportes não é diferente. Enquanto, em Copacabana, as paradas de ônibus são cobertas e algumas dispõem até de painéis eletrônicos com previsão do tempo de chegada dos veículos, ainda que sem confiabilidade nas informações, a maioria dos pontos dos corredores BRS da região do Grande Méier não tem sequer abrigos.

Na Rua 24 de Maio, em São Francisco Xavier, a falta das coberturas é motivo constante de reclamações. “Em dias de chuva, fica muito complicado. Antes de implementarem o BRS, tinha um ponto que ficava sob a marquise, mas acabaram com ele. As paradas estão extremamente distantes. É perigoso e cansativo andar até o ponto”, disse a esteticista Teresa Braga, de 65 anos, que aguardava o ônibus, sob o sol, na tarde de segunda.

Na Marechal Rondon%2C passageiros esperam condução sem abrigo e pés na lamaFernando Souza / Agência O Dia

Mayra Machado, de 23 anos, diz que diminuiu o número de pontos cobertos na Marechal Rondon, também em São Francisco Xavier. “Há linhas que demoram mais de 30 minutos para chegar. Depois que implantaram o BRS, só temos a placa com as numerações das linhas”, contou Mayra, que aguardava o coletivo perto da Rua São João.

Já em Copacabana, as queixas são contra o funcionamento inadequado dos painéis eletrônicos. O modelo está em testes em algumas paradas, como o ponto da Nossa Senhora de Copacabana, próximo à Rua Paula Freitas, porém não há confiabilidade nas informações. “Eu checava, mas parei de confiar após ter muito atraso em relação à previsão”, contou o estudante Gabriel Andrade, de 20 anos.

Ponto de Copacabana tem até painel eletrônicoFernando Souza / Agência O Dia

A equipe do DIA confirmou as falhas dos equipamentos. Na segunda-feira, à tarde, por exemplo, havia a indicação de chegada do ônibus da linha 119 em “menos de três minutos”. Logo depois, sem a passagem dele, o status foi alterado para “menos de 30 minutos”. Menos de cinco minutos após, mudou para “menos de 15 minutos”. O tempo estourou sem que tivesse passado um coletivo da linha. A Rio Ônibus, responsável pelo sistema, informou que o aparato ainda está em testes e sem confiabilidade nas informações.

Paradas são ‘ terceirizadas’

A prefeitura informou que a instalação de abrigos é responsabilidade das concessionárias que exploram a publicidade nessas estruturas, mas que a meta do número de pontos cobertos até 2015, quando terminam os contratos, já foi atingida. O órgão acrescentou, no entanto, que negocia a ampliação dessas e das concessões com as empresas.

Sobre a extinção de paradas, a prefeitura informou que segue o padrão de 500 metros entre os pontos para organizar o BRS. Sobre os painéis, a Rio Ônibus afirmou que se os testes forem positivos, ampliará o sistema para outros locais.

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