Rio - Os congestionamentos na Região Metropolitana do Rio de Janeiro causaram prejuízo econômico de R$ 29 bilhões em 2013, o que equivale a 8,2% do PIB metropolitano. De acordo com o estudo “Os custos da (i)mobilidade nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e São Paulo”, realizado pela Firjan (Federação das Indústrias do Estado Rio de Janeiro), este é o custo dos engarrafamentos de 130 km, em média.
O estudo aponta ainda que os períodos de pico nas duas regiões metropolitanas (Rio e São Paulo) já atingem 11 horas, sendo que no Rio de Janeiro ocorrem das 5h30 às 11h e das 14h30 às 19h30.
A Firjan estima que em 2022 a extensão dos congestionamentos poderá atingir 182 km e o custo seja ainda maior: de R$ 40 bilhões. A previsão considera a hipótese de que não sejam realizados novos investimentos além dos já previstos relacionados à ampliação da infraestrutura de transportes (especialmente trem, metrô e barcas) e também as projeções de crescimento populacional e de frota de veículos nos próximos anos.
Planejamento integrado e desconcentração de atividades pode reduzir o problema
De acordo com a Firjan, a principal solução para a questão de mobilidade urbana é a realização de um planejamento integrado, envolvendo todos os municípios metropolitanos. A medida tem como objetivo permitir a desconcentração da oferta de atividades - como educação, saúde, comércio e produção industrial - levando infraestrutura e emprego para perto de onde moram as pessoas.
A atual concentração, segundo a Federação, obriga a população a realizar longos deslocamentos diários, em um mesmo sentido e horário. A ampliação da cobertura de transporte de massa, com ramificação para áreas de grande concentração habitacional, evitaria a utilização excessiva do transporte rodoviário, ajudando a melhorar sensivelmente a mobilidade.