Por thiago.antunes

Rio - O Rio de Janeiro tem nove parlamentares entre os cem mais influentes do Congresso. O estado consta em terceiro lugar na lista publicada anualmente pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), atrás de São Paulo, com 17 representantes, e Rio Grande do Sul, com 11.

Entre os parlamentares fluminenses listados no ranking, pelo menos dois deixarão o Congresso na próxima legislatura. O deputado federal Anthony Garotinho (PR) disputa o governo e o senador Francisco Dornelles (PP) é candidato a vice na chapa do atual governador, Luiz Fernando Pezão (PMDB). Lindberg Farias (PT) tem mandato de senador até 2018, mas deixará o cargo se for eleito para a cadeira no Palácio Guanabara.

Completam a lista os deputados Alessandro Molon (PT), Chico Alencar (PSol), Eduardo Cunha (PMDB), Jandira Feghali (PC do B), Miro Teixeira (Pros) e Rodrigo Maia (DEM), todos candidatos à reeleição. O ranking do Diap também classifica os deputados em ascensão, que vem ganhando destaque na Câmara dos Deputados. O Rio tem seis representantes: Alfredo Sirkis (PSB), Andreia Zito (PSDB), Glauber Braga (PSB), Hugo Leal (PROS), Jean Wyllys (PSol), Jorge Bittar (PT).

Boa legislatura não garante votos

Segundo o diretor de documentação do Diap, Antônio Augusto Queiroz, a atuação parlamentar é uma vitrine para aqueles que querem concorrer a cargos no poder Executivo. No entanto, uma boa legislatura não é garantia de bom desempenho nas urnas. “Vai depender se o candidato reúne boas condições para disputar, como recursos de campanha e uma coligação forte", afirma Queiroz.

Ele lembra que os mandatos no Executivo exigem habilidades diferentes daquelas que são exigidas no Congresso. Enquanto a articulação e o debate são essenciais na Câmara e no Senado, a capacidade de gerenciar equipes e executar medidas são mais valiosas nos mandatos de governador, presidente e prefeito, que sofrem mais pressões. “Basta lembrar no Rio a experiência do Saturnino Braga. Ele era um excelente parlamentar e foi um prefeito complicado”, diz, fazendo referência ao político que decretou a falência do Rio em 1988, em seu último ano de mandato na prefeitura.

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