Por thiago.antunes

Rio - A prisão, feita pela Divisão de Homicídios (DH) em 30 de junho, de Charles Santos Pamplona, o Charlinho de Cosmos, segurança do miliciano Marcos José de Lima Gomes, o Gão, foi considerada determinante pela polícia para alcançar o chefe da Liga da Justiça, pois enfraqueceu a quadrilha.

Gão, preso nesta terça, foi apresentado nesta quarta-feira pela DH em meio ao material apreendido com ele — além de dinheiro e armas, chamou a atenção dos agentes o anel de ouro com a imagem em alto-relevo do personagem Batman, numa clara referência ao símbolo da milícia, a Liga da Justiça, e ao antigo chefe do bando, o ex-PM Ricardo Teixeira da Cruz, o Batman.

Gão foi preso em um cerco de 20 agentes da DH na casa onde ele estava, em Cosmos. No momento da detenção, ele tentou fazer a própria filha, de 2 anos, como escudo. De acordo com o delegado Rivaldo Barbosa, contra Gão havia mandado de prisão pelo assassinato do agente penitenciário Anderson Terra dos Santos, em julho do ano passado, em Campo Grande. Charlinho de Cosmos cumpre pena pelo mesmo assassinato.

Ainda segundo as investigações, Gão é o sucessor de Batman e Toni Ângelo Souza Aguiar, o Erótico, ex-chefes do grupo e que estão presos. Charlinho, inclusive, foi ‘promovido’ à função de chefe da segurança do bando pelo miliciano Toni Ângelo.

A prisão de Charlinho, há pouco mais de um mês, que colaborou para o desmembramento da cúpula da milícia, aconteceu na Rua Arariba, em Cosmos. No local, os policiais encontraram dois veículos roubados, um EcoSport e uma Hilux blindada, além de um fuzil, uma pistola, cinco granadas, grande quantidade demunição, coletes à prova de bala, radiotransmissores, telefones e toucas ninja.

De acordo com a polícia, a Liga da Justiça é a maior e mais conhecida facção de milicianos do Rio. Surgida em 2007, sob a liderança de Batman, em Cosmos, estendeu tentáculos sobre Campo Grande, Inhoaíba, Paciência e Santíssimo. Ricardo Teixeira da Cruz foi preso em 2009, após fugir um ano antes pela porta da frente do Complexo Penitenciário de Gericinó. Em 2010, foi condenado a 12 anos de prisão e atualmente cumpre pena em Campo Grande (MS).

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