Rio - A Polícia Civil ouvirá nesta quarta-feira o médico acusado de omissão de socorro à auxiliar de escritório Aline da Silva Gomes e um bebê no Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias. De acordo com o delegado da 60ª DP (Campos Elísios) José de Moraes Ferreira, responsável pelo caso, as imagens de segurança apontam para a demora de 10 minutos no atendimento, o que deve fazer com que o profissional seja indiciado por omissão seguida de morte.
“Porém, não descarto o indiciamento do obstetra até por homicídio doloso. Depende do desenrolar dos fatos”, ressalta o delegado. O laudo da necropsia, que deve ser divulgado em até três semanas pelo Instituto Médico Legal, apontará a causa da morte. Já foram ouvidos funcionários do hospital, a mãe e o pai do bebê, além de testemunhas. Os médicos que estavam de plantão foram identificados e serão chamados para prestar depoimento.
O bebê de seis meses — que era prematuro — morreu após aguardar por atendimento. De acordo com familiares da vítima, a demora se deu pela falta de enfermeiro no setor de acolhimento da unidade. O obstetra acusado de omissão teria dito que só atenderia ao paciente dentro da unidade, o que não foi possível de imediato.