Por thiago.antunes

Rio - O reinício da perfuração do túnel do metrô que ligará as estações General Osório e Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, pelo equipamento conhecido como ‘Tatuzão’, causou apreensão a moradores do bairro nesta segunda-feira. Traumatizados pelas rachaduras em imóveis e o aparecimento de um buraco na Rua Barão da Torre em maio, que levou à paralisação da máquina, muitos deixaram suas casas após o afundamento do solo na Rua Barão da Torre. Mas, de acordo com a Cedae, o buraco nada tem a ver com as obras da Linha 4, que ligará Ipanema à Barra.

Coincidentemente, ao mesmo tempo, o governador Luiz Fernando Pezão, num ato simbólico, acionava os explosivos que tornaram livre a passagem entre os bairros da Gávea e São Conrado. O túnel, sob o Morro Dois Irmãos, faz parte do mesmo empreendimento.

Ontem%2C no Dois Irmãos%2C governador acionou explosivos liberando a passagem para a Linha 4 do metrôBruno de Lima / Agência O Dia

Em seu discurso, Pezão definiu o momento como “um marco na mobilidade do estado” e voltou a prometer que, em seu mandato, iniciará as obras de outras conexões. “Vamos fazer o metrô Gávea-Carioca. Já estamos conversando com a Prefeitura do Rio para fazer o Jardim Oceânico-Recreio, e o Estácio-Praça 15”, disse.

Vazamento abriu buraco

Apesar de não estar relacionado ao trabalho do ‘Tatuzão’, coube a empregados do consórcio Linha 4 isolar a área e tampar o buraco de pouco mais de dois metros de diâmetro. De acordo com a Cedae, a origem foi um pequeno vazamento de esgoto, numa rede de 150 milímetros de PVC, causado pela obstrução de um ramal do prédio em frente ao local.

A ocorrência estaria fora da área de influência do ‘Tatuzão’. Segundo a Linha 4, os trabalhos seguem em condições normais, em ritmo mais lento do que o anterior, por questões de segurança. Até dezembro, o túnel até a Praça Nossa Senhora da Paz deve ser concluído. Por dia, o ‘Tatuzão’ avança até 16 metros embaixo do solo.

Novas estações estão quase prontas

Enquanto o ‘Tatuzão’ esteve parado, as obras continuaram. “A inatividade do maquinário não comprometeu o cronograma das obras. A obra andou em outras frentes. Adiantamos questões estruturais e decorativas das estações, que costumam demandar muito tempo”, explicou o subsecretário da Casa Civil, Rodrigo Vieira.

Nas estações de São Conrado e da Gávea, por exemplo, já se pode notar os espaços reservados aos ladrilhos nas paredes, granitos no piso e estruturas de escadas rolantes. Em cada umas das entradas, mais de 60 mil pessoas devem circular diariamente. “O carioca pode dormir sossegado quanto à conclusão da obra no primeiro semestre de 2016”, disse Vieira.

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