Rio - Agentes da 45ª DP (Complexo do Alemão) ainda tentam identificar os três criminosos acusados de sequestrar e agredir o repórter do G1, Henrique Soares, nesta segunda-feira, na Avenida Itaoca, em Bonsucesso, um dos principais acessos ao Conjunto de Favelas do Alemão. Um suspeito já foi preso após ser reconhecido pelo jornalista.
Nesta terça-feira, através das redes sociais, Henrique se manifestou sobre o caso: ‘Estou bem, me recuperando. Agradeço demais a todos vocês e peço desculpas pelo enorme susto de ontem (segunda-feira). Beijos, abraços e até breve”.
A violência sofrida por ele e pela classe será tema de debate nesta quarta-feira, às 9h, no auditório da Escola de Magistratura do Tribunal de Justiça do Rio (Emerj), na Avenida Erasmo Braga. O caso de Henrique ganhou repercussão até em um jornal da Nova Zelândia, o ‘The New Zealand Herald’.
“É um caso preocupante, pois já teve a morte do Tim Lopes, em 2002. Não podemos relaxar na defesa da liberdade da imprensa. Vamos manifestar nossa preocupação ao governo, pedindo elucidação para este caso”, afirmou o presidente da OAB do Rio, Felipe Santa Cruz.
Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Alerj, o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), questionou a pacificação no Complexo do Alemão, onde Henrique foi agredido. “Está longe de ser território pacificado, assim como a Rocinha. A situação do Alemão é bastante delicada”, contou Freixo, garantindo ter oferecido apoio ao jornalista. Em entrevista nesta segunda à rádio CBN, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, revelou que o galpão onde o jornalista foi agredido sofrerá reintegração de posse. Atualmente, o local foi ocupado por pessoas que não têm onde morar.