Por paulo.gomes

Rio - Policiais da Delegacia do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro (DAIRJ), com o apoio de outras especializadas, realizaram nesta terça-feira uma megaoperação em vários pontos do Rio de Janeiro para desarticular uma das maiores quadrilhas de clonagem de cartão de crédito do Estado. A ação tinha como objetivo cumprir 17 mandados de prisão e 25 de busca e apreensão. Até o momento, dez suspeitos foram presos, entre eles, segundo a Polícia Civil, o chefe do bando.

Operação da Polícia Civil contra uma quadrilha que clonava cartões de crédito recebe o apoio de helicópteros na RocinhaDivulgação / Agência Brasil

Os agentes também apreenderam máquinas para realização da clonagem de cartões. Na Rocinha, houve um intenso tiroteio na chegada dos policiais. O helicóptero da Polícia Civil que dava apoio na operação foi alvo de tiros por parte dos traficantes, mas nenhum policial ficou ferido. Durante o confronto, uma pessoa foi baleada e levada para o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea. Com ele, uma pistola foi apreendida. Além disso, dois suspeitos foram presos na comunidade.

Por conta do confronto, uma escola da rede municipal não abriu as portas nesta terça, com 496 alunos sem aulas. De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, outras quatro escolas, duas creches e um Espaço de Desenvolvimento Infantil (EDI) estão com baixa frequência por conta da violência. Já a Secretaria de Estado de Educação afirmou que todas as unidades estão funcionando normalmente na região.

Uma moradora que não quis se identificar disse que evitou levar a filha para a escola devido ao tiroteio, com rajadas de armas pesadas. "Hoje, não levei minha filha para a creche, e ainda tenho que ir para o trabalho. Pior é para os moradores que moram nas áreas mais altas, porque, às vezes, ficam sem ônibus – precisam descer, trabalhar e no fim do dia subir tudo a pé", disse a moradora.

Outro morador demonstra preocupação e pede para seus familiares não visitá-lo na comunidade, por causa da falta de segurança. "Tenho irmãos e sobrinhos que até desejam me visitar, mas sempre aviso que a situação aqui não está boa. Se para quem mora há anos está ruim, imagina para estranhos na comunidade. É arriscado para eles, pois podem ser confundidos com criminosos", destacou.

Além da Rocinha, os policiais da DAIRJ prenderam os integrantes da quadrilha nos bairros de Jacarepaguá e Vargem Grande, na Zona Oeste.

Com informações da Agência Brasil

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