Rio - Após recentes casos de violência dentro da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), um dos quais um aluno teria tido uma arma apontada para ele dentro do elevador, a Reitoria da instituição decidiu pela realização de um plebiscito para definir se será necessário haver um controle no acesso de pessoas em todo o campi. A data ou quais serão as perguntas do plebiscito ainda não foram determinadas.
De acordo com a assessoria da instituição, todas as unidades, seis delas no município do Rio, e também em São Gonçalo, Ilha Grande, Duque de Caxias, Nova Friburgo e Resende irão participar da votação. Ainda que não estejam definidas quais serão as propostas para a segurança, algumas soluções como a instalação de catracas ou a apresentação de documentos de identidade estão sendo estudadas por representantes da Uerj e serão apresentadas à "comunidade uerjiana".
Ainda segundo a assessoria, só no campus do Maracanã circulam diariamente cerca de 30 mil pessoas pela universidade. Por ano, isso representa uma movimentação de oito milhões de alunos, funcionários e visitantes e aproximadamente 700 mil veículos. Com isso, também de acordo com a assessoria, a segurança tenta "dar conta" do volume de pessoas e monitora constantemente todo o espaço da universidade.
Assalto com arma de fogo mobiliza universidade
Procurado pelo DIA, o estudante de Psicologia assaltado no fim de outubro contou detalhes da ação dos criminosos. O universitário foi seguido pelos bandidos desde o Centro da cidade, depois de ir ao banco. Ao ser alertado pela caixa, no guichê de atendimento, de que havia dois homens no seu encalço, o jovem optou por não sacar determinada quantia dinheiro e seguiu de metrô até a Uerj.
Na universidade, ao entrar no elevador, o estudante foi abordado e um dos bandidos chegou a apontar uma arma para o jovem na presença da ascensorista e outros alunos. "O elevador estava lotado e ninguém fez nada. Claro.", disse o estudante. A mochila do universitário foi arrancada e os criminosos fugiram. Segundo o aluno de Psicologia, que pediu para não ser identificado, o prejuízo chegou a R$1.300. Além da própria mochila, o aluno perdeu também um óculos de grau, cartões e outros objetos pessoais.
O jovem fez o registro de ocorrência na 18ª DP. Segundo a assessoria, a universidade cedeu imagens das câmeras do circuito interno para a polícia.
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