Por marcello.victor

Rio - O Portal dos Procurados lança nesta quinta-feira, cartaz com as fotos dos acusados de tortura seguido de morte da Rayssa Christine Machado de Carvalho Sarpi. Ela é a jovem de 18 anos, que foi filmada enquanto era torturada por traficantes do Morro Faz Quem Quer, em Rocha Miranda, Zona Norte, na madrugada de 20 de setembro, e que circulou pelas redes sociais. O espancamento teria ocorrido por ela ter tido um possível relacionamento com pessoas ligadas ao tráfico.

O Disque-Denúncia lançou cartaz onde divulga as fotos dos traficantes Bigonha%2C Gão e Diná Terror%2C acusados de torturarem uma jovem no Faz Quem Quer%2C em Rocha MirandaDivulgação / Disque Denúncia

Após investigações, policiais da 40ªDP (Honório Gurgel) acabaram chegando aos autores do crime. No dia de 23 de outubro, a Justiça concedeu a prisão temporária por 30 dias, onde foi expedido um mandado de prisão pelos crimes de tortura seguida de morte e associação para o tráfico de drogas, para Anderson Sant'anna da Silva, o Gão, Douglas Donato Pereira, o Diná ou Dinarrara; Luiz Cláudio Veríssimo dos Passos, o Bigonha e Hualtter Kim Taborda Sodré, conhecido como Quase.

Hualtter foi preso no ultimo domingo, em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. O acusado foi localizado após investigações da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Federal. Um quinto criminoso teve seu pedido de prisão indeferido, por não haver provas suficientes de sua participação.

As imagens da tortura foram registradas durante um baile funk no morro. A gravação mostra a jovem seminua, com hematomas e feridas abertas por todo o corpo, e tendo seu cabelo raspado com uma tesoura e uma lâmina de barbear. No vídeo com cerca de três minutos, a vitima estava sentada e, com o corpo todo ensanguentado, enquanto um homem raspava sua cabeça. Em frente à vítima, outro homem a ameaça com um facão e explica a causa da tortura:

"Pensou nisso quando fez a fofoquinha?". A jovem chora e, em alguns momentos, pede o fim da tortura. "Não tô aguentando mais. Calma, para", suplica Rayssa. Eles também chegaram a cortar o couro cabeludo da jovem para escrever a sigla da facção que domina a localidade.

Duas testemunhas que prestaram depoimento na 40ªDP chegaram a relatar que Rayssa também foi abusada sexualmente durante a sessão de tortura. Haveria ainda outros dois registros: um mostrando o estupro, que teria sido cometido por vários homens.

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