'Só vivia rindo, brincando. A família está arrasada', diz tio de PM assassinado
Anderson Senna, do 41ºBPM (Irajá), foi morto na madrugada desta quarta-feira após ataque de bandidos na Avenida Brasil
Por paulo.gomes
Rio - Pai de dois filhos, o soldado da Polícia Militar Anderson Senna Freire, de 35 anos, foi mais uma vítima da violenta ação de criminosos na cidade. Morto na madrugada desta quarta-feira, na Avenida Brasil, altura de Guadalupe, quando retornava para o 41ºBPM (Irajá) onde era lotado, ele foi definido pelo tio como uma pessoa tranquila e do bem.
"Ele era muito brincalhão. Nem parecia que era PM. Só vivia brincando, rindo. Era um cara da melhor qualidade. A família inteira está arrasada", afirmou o bombeiro Robson Bispo, tio de Anderson, que estava no Instituto Médico Legal para a liberação do corpo.
Ele lembrou que seu sobrinho era o caçula de três irmãos e que morava com a mãe e um dos filhos. Além disso, o irmão de Anderson é sargento também da Polícia Militar.
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Segundo familiares que estiveram no IML, o sepultamento do PM, que inicialmente seria na tarde desta quarta-feira, passou para esta quinta-feira, às 9 e meia, no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap.
Ao lado do colega Bruno de Moraes, também soldado do 41ºBPM, Anderson Senna foi atingido na cabeça durante um ataque de bandidos. O crime aconteceu 24h depois da morte do PM Ryan Procópio, da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Vila Kennedy, que foi torturado e morto por criminosos em Bangu.
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Pelo menos três tiros perfuraram o vidro dianteiro do veículo policial e a lataria. Surpreendidos, os policiais não tiveram tempo de reagir e acabaram baleados. Socorridos para o Hospital Estadual Albert Schweitzer, em Realengo, Senna morreu na unidade. Já o soldado Moraes, atingido no ombro, segue internado no local.
Após os disparos, os bandidos fugiram pela Rua Luiz Coutinho Cavalcanti. A via dá acesso às comunidades do Muquiço e da Palmeirinha. O local do crime fica a nove quilômetros da Rua Vigilante Fortunato, em Bangu, onde o corpo do soldado Procópio foi abandonado.
As investigações sobre do ataque aos policiais do 41ºBPM também estão a cargo da Divisão de Homicídios, que fizeram uma perícia no local e na viatura. Além disso, os agentes procuram possíveis testemunhas e imagens de câmeras de segurança instaladas na região para análise.