Por paulo.gomes
Rio - O policial militar Geraldo Luiz da Silva, morto no sábado, foi sepultado na tarde deste domingo, no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste. PMs de diversos batalhões estiveram no enterro do soldado que era lotado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Vila Kennedy e que tinha dois filhos.
Geraldo Luiz, de 27 anos, estava na corporação desde janeiro de 2013, foi baleado na tarde de sábado, em Realengo,enquanto lavava o carro na porta de sua casa, na Rua Leonor Chrisman Mulle, perto da comunidade Cosme e Damião. Ele foi o 107 policial morto somente neste ano.
Publicidade
Na ação dos criminosos, uma outra pessoa, não identificada, foi vítima de bala perdida e sobreviveu. Segundo testemunhas, grupo de traficantes, possivelmente da comunidade Minha Deusa, no mesmo bairro, tentou atacar milicianos que controlam a Cosme e Damião. O policial teria pensado, equivocadamente, que era o alvo do bando. Tentou atirar, mas foi executado.
Agentes do 14ºBPM (Bangu) fizeram uma operação para tentar localizar os assassinos, mas ninguém foi preso. Policiais da Divisão de Homicídios também foram ao local e realizaram perícia. Sobre a vítima de bala perdida, os investigadores esperam que ela se recupere para poder depor.
Publicidade
Seis ataques a PMs nas últimas semanas
Na noite do dia 24 de novembro, o PM que também era lotado na UPP Vila Kennedy, Ryan Procópio, de 23 anos, foi encontrado morto, com sinais de tortura, dentro de seu carro, na Avenida Brasil, em Bangu. A polícia também informou que, além de torturado, o soldado foi alvejado com cinco disparos e arma de fogo nas costas. Desde a data da morte de Ryan, até o sábado, seis policiais militares e um cabo do Exército que atuava no Completo da Maré foram mortos.
Publicidade
De acordo com a própria Polícia Militar, dos 107 policiais mortos em 2014, 89 deles em horário de folga, enquanto 18 morreram trabalhando. Os policiais marcaram para o dia 14, na Praia de Copacabana, uma passeata intitulada ‘Basta’, para protestar ‘contra a morte de PMs e a falta de segurança que encontram para trabalhar’.