Por nicolas.satriano
Rio - Apontado pela polícia como autor do assassinato de seu sócio e companheiro Amaury Veras, em 2004, o estilista argentino Frankie Mackey, estaria morto desde o dia 1º de janeiro deste ano. O advogado de Frankie, Luciano Saldanha Coelho, comunicou oficialmente o assunto e anexou nesta terça-feira a certidão de óbito a uma petição junto ao 4º Tribunal do Júri no Rio, onde seu cliente seria julgado pelo homicídio nesta quinta-feira.
De acordo com parentes, Mackey, que era considerado foragido da Justiça brasileira desde 2006, quando teve prisão decretada, teria morrido em decorrência de ataque cardíaco. O julgamento deverá ser suspenso até que mais informações sejam apuradas. Caso seja comprovada a morte do réu, o promotor Marcelo Muniz, responsável pelo caso, pedirá a extinção do processo.
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Segundo informações da defesa de Mackey, o estilista — que com a vítima era dono da famosa grife que levava seus próprios nomes — teria morrido na cidade de Rosário, região central da Argentina. Deprimido desde quando foi acusado do crime, Mackey estava em tratamento médico e psiquiátrico. Esse seria o motivo por ele não ter se apresentado à Justiça brasileira, segundo o advogado.
O corpo de Amaury foi encontrado no apartamento em que os dois moravam, no Apoador, na Zona Sul. Ele foi enforcado com uma echarpe. A princípio, a hipótese mais provável apurada pela polícia era a de suicídio. No decorrer das investigações, entretanto, a perícia comprovou que ferimentos no corpo da vítima indicavam que a morte não poderia ter sido acidental. Na época, Mackey foi indiciado pela morte do companheiro. De acordo com a denúncia do Ministério Público, ele teria golpeado Amaury na cabeça e, em seguida, o enforcado. O estilista respondia por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, emprego de meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima).
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