Por nicolas.satriano

Rio - Fenômenos naturais como o raio que atingiu e danificou o radar meteorológico do voo JJ 3307 da TAM, do Rio de Janeiro para Natal (RN), no domingo, fazendo com que os pilotos entrassem sem querer numa tempestade de granizo, não são tão raros.

Relatório de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos do Ministério da Defesa diz que condições meteorológicas adversas ocupam a décima posição entre 24 fatores principais que contribuem para desastres aéreos.

Domingo, pouco após a decolagem do Aeroporto Internacional Tom Jobim, às 17h18, a aeronave, com o nariz bastante amassado, teve que retornar ao Galeão. Em nota, a TAM garantiu que não houve feridos e que os passageiros — o número não foi divulgado — embarcaram em outro voo.

De acordo com relatório assinado pelo brigadeiro Dilton Schuck, chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), entre 2004 e 2014, 720 aviões sofreram danos graves e outros 85, leves, no ar. Boa parte dos registros envolveu raios e granizo.

Dados da Associação Internacional de Transporte Aéreo e da Fundação de Segurança de Voo indicam que desde 1950, 15 aviões foram derrubados por raios no mundo. Oito deles de pequeno porte.

Especialistas do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta) afirmam que, em média, um avião é atingido pelo menos uma vez por ano por relâmpago. O acidente mais grave se deu em 1962, nos EUA. Um Boeing 707 caiu, matando os 81 ocupantes.

Desde então, a segurança foi reforçada na fuselagem e em locais que abrigam tanques de combustíveis.

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