Por felipe.martins

Minas Gerais - Em uma sessão relâmpago, a Assembleia dos Deputados de Minas Gerais aprovou ontem a volta do pagamento do auxílio-moradia a todos os deputados estaduais, inclusive para aqueles que têm imóveis na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Cada um dos 77 deputados mineiros recebe mensalmente R$ 25.322,25 brutos, que agora serão somados a R$ 2.850 para despesas com moradia.

No ano passado, o auxílio-moradia foi vetado para os deputados que possuem imóveis na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Na sessão de ontem, que durou cerca de 20 minutos, 36 deputados votaram pelo restabelecimento do benefício para todos; 22 votaram contra; 11 se abstiveram e nove não registraram presença.

O resultado foi recebido sob vaias e gritos de “vergonha” de cidadãos que estavam nas galerias do plenário da Assembleia para acompanhar a sessão. A Assembleia justificou a medida afirmando que ela acompanha uma decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que regulamentou em 2014 o auxílio-moradia para juízes.

Favorável à volta do benefício, o deputado Iran Barbosa (PMDB) afirmou que renunciou ao auxílio por ser morador de Belo Horizonte. “Eu acho que não tenho direito de receber sendo morador de Belo Horizonte, mas não posso impor isso sobre o deputado de outra pessoa, o eleitor de outra pessoa. E depois, na hora que eu tiver uma CPI e ele assinar e vier alguém pra pedir pra ele tirar a assinatura, vou virar e falar assim ‘agora aguenta a pressão’", argumentou.

O texto aprovado ontem ainda inclui verba indenizatória – que custeia as despesas dos gabinetes – de R$ 20 mil, inclusive para deputados licenciados, como, por exemplo, para os que vão ocupar cargos de secretários. Até dezembro de 2013, o auxílio-moradia era pago a todos os deputados estaduais de Minas. Desde então, apenas os parlamentares que não possuíam imóveis na Região Metropolitana de Belo Horizonte podiam ganhar a verba.

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