Por paloma.savedra

Rio - Foram quatro mortes de policiais civis e militares em menos de 24 horas, neste fim de semana, no estado do Rio. A situação revela um quadro preocupante e leva autoridades a tomar medidas para combater crimes contra agentes das instituições. Nesta manhã, o governador Luiz Fernando Pezão voltou a defender penas mais duras a quem comete crimes contra PMs, enquanto o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, criticou a falta de apoio dada ao estado. Os dois se reunirão nesta noite para discutir o problema.

Quatro policiais mortos e seis feridos em menos de 24 horas no Rio

"A polícia está sozinha nessa selvageria toda, com essas pessoas que não tem apego nenhum pela vida e matam por um celular. Precisamos da ajuda das outras instituições que compõem o conceito de segurança pública", declarou o secretário à GloboNews durante velório do policial civil Thiago Thome de Deus, de 29 anos, nesta manhã. Thiago era lotado na Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) e foi assassinado durante uma tentativa de assalto na manhã de domingo, no Cubango, em Niterói, quando voltava do Sambódromo com a mulher. O policial tentou reagir, mas a arma não funcionou. 

Um dos quatro policiais assassinados neste fim de semana, Pedro (embaixo) será enterrado na tarde desta segunda-feira; ele tirou uma ‘selfie’ com Marcos e Leandro (de branco) poucos minutos antes do ataqueReprodução

Já o governador Luiz Fernando Pezão voltou a defender uma legislação mais rígida em crimes cometidos contra policiais. "Toda morte tem o mesmo peso para mim. Me reunirei hoje à noite com Beltrame para tratar do assunto. A proposta de lei que prevê penas mais duras em casos como estes já foi levada ao congresso. Pretendo continuar dialogando para o enrijecimento da pena", declarou Pezão, em coletiva para apresentar os avanços nas obras para a Rio 2016, nesta manhã. 

Dois policiais militares e dois civis morrem assassinados

Às 15h desta segunda-feira, o corpo do policial militar Pedro Gabriel Ferreira, de 25 anos, será enterrado no Cemitério de Sulacap, na Zona Oeste do Rio. Ele morreu baleado, ontem de manhã, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. O PM estava de folga com mais dois soldados ( Marcos José Oliveira, e Leandro Alves Moura) efoi baleado enquanto o trio bebia na Padaria Via Country, no Centro. Três homens saíram de um Honda Civic e atiraram nos agentes. Pedro não resistiu e morreu. Os outros dois ficaram feridos. 

Já o PM Alan Barros da Silva, do Batalhão de Policiamento em Grandes Eventos (BPGE), levou cinco tiros em tentativa de assalto, às 15h30 deste domingo, na Praia dos Amores, no Recreio dos Bandeirantes. Ele chegou a ser levado para o Hospital Lourenço Jorge, mas não resistiu. 

Em Mesquita, na Baixada Fluminense, o policial civil Cid Jackson Silva, da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA), morreu em tentativa de assalto, na noite de sábado. Ele foi enterrado neste domingo. 





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