Rio - A madrugada desta terça-feira foi de aparente tranquilidade no Complexo da Maré após um fim de noite de segunda ainda de tensão, depois de um protesto no início da noite que reuniu cerca de 500 manifestantes. O ato programado pela internet foi contra ações da Força de Pacificação do Exército que teriam resultado em morte e feridos de inocentes das comunidades da região.
De acordo com o Batalhão de Policiamento em Vias Especiais (BPVE), por volta das 22h20, um grupo retornou à Linha Amarela. Eles colocaram barricadas na via e atacaram PMs a pedradas. Um carro que seria de um policial militar foi incendiado. Traficantes também disparam tiros a esmo de dentro de favelas.
Com o novo incidente e por medida de prevenção, a PM decidiu interditar parcialmente o acesso da Linha Vermelha para a Linha Amarela, e desta última no sentido Fundão, na altura da Avenida Brasil, até meia-noite. Não há informações sobre feridos.
O clima de tensão começou ainda cedo, no início da noite. Os manifestantes fecharam a Linha Amarela sentido Fundão. Os moradores seguiram em direção à Linha Vermelha, e o protesto foi dispersado pela PM, por volta das 20h45.
Após o fim da manifestação, muitos tirso foram ouvidos no interior das favelas, na altura da região conhecida como Faixa de Gaza, entre as linhas Vermelha e Amarela.
O ato começou com uma concentração em frente a Fiocruz, em uma das entradas da Vila do João. Por volta das 19h20, o grupo saiu do recuo em frente à comunidade e passou a caminhar em direção ao Parque União. Em seguida os manifestantes fecharam a Linha amarela, na altura da saída 9-B, no sentido Linha Vermelha. Com isso, motoristas passaram a voltar na contramão com medo que fosse uma ação de bandidos e PMs usaram gás de pimenta para tentar liberar a via.
Por volta de 20h45, após a chegada do Batalhão de Choque, a PM conseguiu desobstruir a via.