Rio - Os 118 torcedores que teriam participado de duas brigas generalizadas antes do jogo Fluminense x Vasco, domingo, na estação ferroviária do Méier e nos arredores do Engenhão, prestaram depoimento nesta segunda-feira na Cidade da Polícia, no Jacaré, enquanto aguardavam a transferência para o Complexo de Bangu e a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). O número de presos é o maior já registrado no país nessas circunstâncias.
O grupo seria transferido entre o fim da noite desta segunda-feira e a madrugada desta terça-feira. Tricolores e vascaínos foram autuados pelos crimes de formação de quadrilha e no artigo 41 B do Estatuto do Torcedor, que fala em ‘promover tumulto, praticar ou incitar a violência, ou invadir local restrito aos competidores em evento esportivo’.
Entre os presos, estão seis militares das três Forças Armadas (Exército, Aeronáutica e Marinha) e um torcedor que se envolveu na briga entre torcedores do Vasco e Atlético-PR, em dezembro de 2013, em Joinville (SC).
Segundo a delegada Cristiane Almeida, da 24ª DP (Piedade), a pena máxima para os envolvidos nas brigas de domingo pode ultrapassar os quatro anos de prisão. Já para o torcedor que participou da confusão no Sul, a punição poderá ser maior.
A delegada disse ainda que mais da metade dos torcedores presos tem antecedentes criminais, como roubo e ameaça. “Isso mostra como são violentos, tanto que até atacaram PMs domingo”.
Com os torcedores foram apreendidos uma camisa da Força Jovem do Vasco com uma barra de ferro, pedaços de madeira, pedras portuguesas, um soco inglês, um protetor bucal, um spray de pimenta e quatro bombas artesanais.