Por nicolas.satriano

Rio - Para ter um nome de peso nas eleições para a prefeitura em 2016 e para o governo do estado em 2018, o PDT convidou o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) para compor seus quadros, numa mostra de que o rompimento do partido com o PMDB é iminente. A ideia partiu do presidente pedetista Carlos Lupi, que se encontrou duas vezes com o senador, segundo colocado nas eleições para o governo do Rio em 2014.
Nos planos de Lupi, Crivella é a “prioridade” para os próximos pleitos. O senador seria responsável pela ampliação das bases do PDT.

Crivella é aposta de PDT para a prefeituraFoto%3A Agência O Dia/ Carlo Wrede

O argumento usado pelo comandante do partido nas conversas era de que a excessiva ligação do senador com a Igreja Universal do Reino de Deus e com seu líder, bispo Edir Macedo, gera rejeição e prejudica as votações.

Mas o senador não se animou com a perspectiva de ficar de fora da disputa pela Prefeitura do Rio em 2016, desejo que começou a manifestar e anunciar tão logo foi derrotado pelo governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) no segundo turno do ano passado. A maioria dos pedetistas defende o apoio do partido ao candidato lançado pelo PMDB e creem que Crivella “não tem o perfil” do PDT.

Lupi negou, ao ser perguntado, se o convite a Crivella é prova de que PDT está perto de deixar o amplo arco de alianças dos governos do PMDB. “Cada sofrimento terá o seu tempo”, respondeu o presidente pedetista.

Crivella afirmou apenas que se sentiu “honrado” com o convite feito pelo PDT, mas sinalizou que deve continuar no PRB. Pelo menos até as eleições de 2016.

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