Por paulo.gomes

Rio - Uma menina de 6 anos ficou pendurada do lado de fora de um ônibus do BRT Transcarioca, no início da noite desta quinta-feira, entre as estações Parque União e Aroldo Melodia, na Zona Norte do Rio. Apesar do pedido de passageiros, o motorista só parou após cerca de dois quilômetros. Ele abandonou o local sem prestar esclarecimentos e atendimento. A criança e a avó sofreram ferimentos leves. O caso foi registrado como lesão corporal culposa, quando não há intensão de matar.

Dois adultos e cinco crianças de uma mesma família embarcaram no BRT na estação Penha para ir a uma sessão de cinema. Por volta das 18h30, na estação Parque União, onde desembarcariam, o motorista arrancou com o veículo. A menina acabou ficando do lado de fora com a mão presa na porta e em pé no degrau.

A família da menina de 6 anos%2C que ficou pendurada do lado de fora de um ônibus do BRT Transcarioca%2C registrou o caso na 21ªDP (Bonsucesso)Reprodução / TV Globo

Em depoimento na 21ªDP (Bonsucesso), a mãe da criança, Jéssica Florêncio Lira, de 23 anos, contou que ao ver a situação gritou para que o motorista parasse. Ele se negou dizendo que apenas poderia parar na estação seguinte, Aroldo Melodia, já na Ilha do Governador, e a cerca de dois quilômetros de onde a família ia desembarcar.

Ao descer do coletivo, o motorista foi embora sem prestar esclarecimentos sobre ocorrido. De acordo com policiais do 22ºBPM (Maré), ele não estava no local na chegada da polícia. "Ele soltou e disse para os fiscais: 'olha eles (passageiros) querem falar com vocês' e foi embora", acusou Jéssica.

Identificado como Cláudio Hamilton, o condutor tentou registrar ocorrência horas depois na 64ªDP (São João de Meriti). Jéssica e a avó de 83 anos sofreram ferimentos e leves e foram atendidas no Hospital Federal de Bonsucesso e liberadas. Conforme o registro de ocorrência do caso, a perícia não foi feita porque o ônibus foi recolhido do local pela empresa Santa Maria.

Em nota, a concessionária que administra o BRT informou que "a atitude do motorista não condiz com a postura que se espera dos profissionais que atuam no sistema BRT. O BRT Rio solicitou à empresa consorciada que afaste o motorista de suas funções e o encaminhe à requalificação. A menina e sua família receberão todo suporte necessário. O Consórcio BRT apoiará o trabalho da polícia na investigação do caso".

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