Rio - Uma nova audiência para ouvir acusação e defesa no caso do brutal esfaqueamento do médico Jaime Gold teve início nesta quarta-feira à tarde, no Fórum Regional da Leopoldina, em Olaria, na Zona Norte do Rio. Marcada para às 13h, a sessão começou com atraso de mais de duas horas e, lá, são ouvidos os três adolescentes suspeitos de participar do crime.
A expectativa é que a defesa apresente uma testemunha chamada de 'peça-chave' e que pode inocentar o primeiro menor apreendido. Desde o início das investigações, o jovem afirmava não ter tido participação no ataque a faca na Lagoa Rodrigo de Freitas, Zona Sul do Rio. O cardiologista acabou morrendo devido ao ferimento. O habeas corpus do primeiro menor apreendido foi negado, também nesta tarde, pela Justiça do Rio.
Uma das testemunhas de defesa, inclusive, é o ex-advogado do segundo adolescente, Rodrigo Mondigo. Ao DIA, Mondigo adiantou que deixará claro para o juízo que, na delegacia, não lhe foi garantido o direito de falar previamente com o cliente: "Acompanhei o segundo menor e não me foi garantido o direito de fazer orientação prévia na delegacia".
Esta será uma audiência para produzir provas. Posteriormente, deve ser realizada outra, e isso dependerá do entendimento do juiz. O atraso, segundo representante do Ministério Público, aconteceu porque não havia contigente de agentes do Degase para acompanhar os três menores.
Caso Jaime Gold: novo depoimento inocenta primeiro menor apreendido
Menor diz que ficou com dinheiro e queimou bicicleta de médico morto
'Pode ter ocorrido engano', afirma Pezão sobre investigação do Caso Jaime Gold
Reportagem de Vinícius Amparo